Dados da Scoliosis Research Society (SRS) apontam que a prevalência da Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) cujas curvaturas maiores de 10 graus são de 2 a 3% em população de 10 a 16 anos de idade. Em curvas maiores de 30 graus, a prevalência é menor, de 0,1 a 0,3%. Enquanto para curvas menores ambos os sexos são acometidos em igual escala, em curvas maiores a prevalência é maior entre o sexo feminino. A escoliose idiopática é multifatorial e em casos mais graves pode levar o paciente à perda da sua capacidade funcional, sobrecarga às articulações, dor e até mesmo dificuldades respiratórias.
"Vale lembrar que mochila pesada e má postura não causam a escoliose idiopática, mas sim dores nas costas e escoliose postural, que são reversíveis", aponta o especialista em coluna Juliano Fratezi. O diagnóstico pode ser confirmado com exames físicos e de imagem, como o raio-x panorâmico da coluna e quadril, sendo a ressonância magnética necessária em alguns casos.
O tratamento da EIA leva em consideração diversos aspectos. "Não existe receita de bolo, observamos a idade do paciente, maturidade esquelética, grau de curvatura (ângulo de cobb) e velocidade do aumento da curva", explica Fratezi. O ortopedista afirma também que o tratamento pode englobar a indicação de fisioterapia e R.PG, o uso do colete de Milwaukee e, em graus avançados, cirurgias de correção.
"A artrodese com hastes e parafusos pode ser indicada dependendo do grau de curvatura e das condições gerais do paciente", pontua o ortopedista e especialista em coluna e dor, Juliano Fratezi. Atualmente, os recursos para este tipo de cirurgia estão cada vez mais avançados e permitem ao paciente, além de uma recuperação mais eficiente, uma maior qualidade de vida.