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Microempreendedores mostram força mesmo com retração econômica do país

Pessoas que ficaram desempregadas abriram seu próprio negócio, segundo especialista

Por Portal Eu, Rio! em 02/07/2020 às 09:00:00

Desempregados pela pandemia abriram seu próprio negócio. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O primeiro trimestre de 2020 se mostrou positivo para as empresas, de maneira especial para os MEIs (microempreendedores individuais), mesmo com o começo da pandemia no Brasil. Pesquisa realizada pela proScore identificou que em entre janeiro e março deste ano foram abertas 885 mil empresas, 13% a mais que nos primeiros três meses do ano anterior (778 mil). O fechamento de empresas também atingiu dado animador: redução de 3%, sendo 285 mil fechamentos nos primeiros três meses deste ano contra 294 mil em 2019 (mesmo período).

O aumento expressivo na abertura de empresas é motivado, ao que tudo indica, por pessoas que estavam desempregadas e encontraram na formalização um negócio. Segundo Ivan Barbiero, sócio-diretor de inteligência de dados da proScore o crescimento dos MEIs endossa essa análise. "Somente no primeiro trimestre deste ano essa natureza jurídica representou 87% das novos CNPJs, sendo salões de beleza, lojas de vestuário, pedreiros, promotores de venda e lanchonetes as atividades mais exercidas", conclui Barbiero.


Salões de beleza estão entre as atividades mais exercidas por MEIs. Foto: Divulgação

Baixo custo fixo de estrutura

Mesmo não tendo finalizado o primeiro semestre, há elevada probabilidade destas empresas não encerrarem suas operações. Ainda com o impacto econômico causado pelo isolamento social, esse tipo de empresa tem como principal gerador a própria força de trabalho e, grande parte, baixo custo fixo de estrutura. Destaca-se ainda a contratação desse tipo de empresa por outras companhias. Popularmente conhecida com "pejotização", esse tipo de relação tirou muitas pessoas da zona de desemprego e responde por uma parcela significativa dos MEIs em atividade.

"Com a pandemia, muitas empresas se viram obrigadas a adotar o home office para manterem suas atividades e a flexibilização das regras de trabalho demonstra que o futuro será regido pela produtividade e não somente pelas horas trabalhadas, como a maior parte das empresas adota atualmente" destaca Barbiero.


Lanchonetes estão entre as campeãs de novos negócios escolhidos. Foto: Divulgação

Transformação digital

Outro ponto que tem favorecido muito as empesas meio ao cenário desafiador da pandemia é a transformação digital que permitiu que os empresários de todos os portes pudessem vender seus produtos ou serviços online, participando de Market Places ou criando seus próprios canais de venda. Nos meses de abril e maio de 2020 houve um aumento de 23% na procura de serviços de conexão com os provedores de internet, em comparação ao primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da proScore.

O Estado de São Paulo registra a maior quantidade de abertura de empresas com pouco mais que 250 mil, seguida por Minas Gerais com 93 mil e pelo Rio de Janeiro com 82 mil.

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