Governo interrompe construção de hospitais em Campos e Casimiro de Abreu
Unidades de saúde deveriam ser construídas e geridas pela organização social Iabas
Secretário de Saúde disse que hospitais de Campanha não vão parar. Foto: Divulgação Governo RJ
O novo secretário de estado de Saúde, Alex Bousquet, disse que serão interrompidas as construções dos hospitais de campanha de Casimiro de Abreu e Campos dos Goytacazes. O anúncio foi feito durante sua primeira coletiva à imprensa, hoje (01).
Para atender aos pacientes da covid-19 nessas regiões, o secretário disse que negocia o uso da rede particular de saúde local. Em Casimiro de Abreu, o número de casos registrados em 1 de julho pela Comissão de Enfrentamento da Covid-19 era de 392 infectados e 12 óbitos confirmados. Já em Campos dos Goytacazes, foram registrados 50 novos casos da doença em 1 de julho e três óbitos. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, o município contabiliza 1.941 casos confirmados e 114 óbitos.
Prefeito lamenta
A notícia do cancelamento da construção do hospital de campanha em Campos não foi bem recebida pelo prefeito Rafael Diniz, que lamentou a decisão do governo estadual. “Nossa gestão tem que continuar ofertando sozinha os leitos clínicos e de UTI para o tratamento da covid em nossa cidade. Hoje, demos mais um importante passo para garantir atendimento de qualidade, com a cessão gratuita dos equipamentos através da parceria”, destacou o prefeito campista ao comentar a doação de 20 respiradores feitas pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Intervenção
A Fundação Estadual de Saúde é a interventora do contrato com a organização social (OS) Iabas, que passou a cuidar da manutenção das unidades do Maracanã e São Gonçalo, antes gerida pela OS. O pagamento ao Iabas foi suspenso. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), só serão liberados os pagamentos dos contratos com comprovada regularidade.
O novo secretário disse que os hospitais de campanha não vão parar. “Mesmo com o contrato com a OS judicializado, estamos mantendo a assistência à população nas unidades Maracanã e São Gonçalo. Vamos concluir as unidades da Baixada Fluminense e da Região Serrana. Em uma retomada do crescimento dos números da epidemia, estaremos a postos para expandir a oferta", disse Bousquet.
Quanto ao pagamento dos profissionais, a SES vai propor apenas o pagamento ao pessoal lotado nas duas unidades em funcionamento, além do material médico-hospitalar. O secretário também alegou a desaceleração da pandemia para que os hospitais estaduais voltem a realizar os procedimentos médicos de menor urgência. Eles estavam suspensos desde março por decreto estadual.