Começam na segunda-feira, 6/7, as inscrições para o auxílio inclusão digital da UFRJ, a maior iniciativa do tipo no país. Com a ação, 13 mil kits internet serão distribuídos a estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para assistência na retomada das aulas, de forma remota. A Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7) divulgou na terça-feira, 30/6, o cronograma do auxílio.
A inscrição será realizada pelo Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga), no site portalaluno.ufrj.br. Para realizá-la, o usuário deve acessar a opção “Pesquisa Avaliativa” e, em seguida, a aba “Inscrição Auxílio Inclusão Digital”, das 10h de 6/7 às 17h de 13/7. O resultado será divulgado na página da PR-7 no dia 17/7 e os recursos contra o resultado poderão ser feitos entre 18 e 21/7.
A logística da entrega dos kits internet está sendo discutida entre PR-7, Gabinete da Reitoria e outras pró-reitorias, de forma que a saúde e a segurança de todos sejam preservadas. O site da UFRJ recomenda a leitura atenta do edital e, em caso de dúvidas, o envio de e-mail para [email protected].
O programa partiu de um levantamento, entre os meses de abril e junho, para verificar o acesso à internet banda larga dos 60 mil estudantes da universidade, com o intuito de avaliar a adoção do ensino remoto, aprovado pelos colegiados superiores, nos cursos de graduação e de pós-graduação. O link para o preenchimento do formulário foi enviado por meio do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga), para estudantes; e por intermédio das direções de unidades, para técnico-administrativos e professores.
Os dados do levantamento elaborado pela Superintendência de Tecnologia de Informação e Comunicação da UFRJ (TIC) auxiliaram na adoção de medidas para inclusão digital dos estudantes, como o lançamento do programa de inclusão digital para ensino remoto emergencial pela Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7), no dia 24/6, que oferta até 13 mil kits internet (chip ou chip mais modem, ambos os casos com franquia de internet móvel) a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
O número total de respondentes foi de 23.309 estudantes, sendo 18.841 de graduação e 4.310 de pós-graduação, e 151 do Colégio de Aplicação. Ao analisar os dados da pesquisa, verificou-se que 94% dos discentes de graduação preencheram adequadamente ou tinham o DRE registrado na base de alunos da UFRJ, algo que está em constante atualização, mas foram levados em conta os registros de maio.
Para se avaliar com mais propriedade a situação dos discentes de graduação, os dados do formulário on-line foram cruzados com informações da pesquisa socioeconômica realizada no ingresso dos alunos na UFRJ, com o objetivo de se captar possíveis vieses da base de dados recolhida. Dos 57 mil estudantes na graduação, pouco mais de 45 mil responderam à pesquisa socioeconômica ao ingressarem na universidade e se encontram com matrículas ativas. Há 12 mil matrículas trancadas.
Em média, 91% dos discentes de graduação respondentes ao formulário on-line da TIC declararam ter acesso à banda larga (Tabela 2). A renda familiar é determinante para o acesso à tecnologia. Aproximadamente 82% dos discentes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo (SM) têm acesso à internet banda larga, enquanto esse percentual chega a 97% nos discentes com renda superior a 10 salários mínimos. Ou seja, dos 18.841 estudantes de graduação que responderam ao questionário, 17.123 têm acesso à internet banda larga. Entre os matriculados nos cursos de pós-graduação são 4.020 dos 4.310 respondentes.
Celulares são meio principal de acesso à internet, em todas as faixas de renda
O acesso à internet nas residências brasileiras cresceu em 2019, com 74% da população já conectada, segundo a pesquisa TIC Domicílios, que afere informações sobre conexão à internet no país, divulgada em maio. São 133,8 milhões de usuários de internet no Brasil. Nas classes D e E, 85% dos usuários se conectam exclusivamente por smartphones. O uso do celular, como ferramenta exclusiva de acesso, é mais comum nas classes mais baixas, nas zonas rurais e entre pessoas com menor nível de instrução.
No caso dos estudantes da UFRJ com renda familiar até 1,5 salário mínimo, 85,9% dos respondentes declaram ter acesso a smartphone, contra uma média de mais de 90% em faixas mais altas de renda . No caso de acesso a computadores (desktop e notebook), o acesso na faixa de renda de até 1,5 salário mínimo corresponde a75%, enquanto em faixas superiores de renda esse percentual ultrapassa 90%.
Considerando o desenvolvimento de atividades didáticas remotas, 4.281 alunos de graduação são favoráveis sem qualquer restrição; 8.489 concordam parcialmente com a adoção dessa modalidade de ensino; 6.070 discordam parcialmente, sendo que 3.858 deles rejeitam a ideia por completo.
Fonte: Portal da UFRJ