Não seria para menos mensurar a queda do faturamento do franchising. Assim como todos os segmentos do mercado, a pandemia atingiu em cheio a gestão e os planejamentos das empresas para o ano de 2020. Por enquanto, o ano passa a contar a partir de agora para salvar os estragos na saúde, na economia e na sociedade. Embora os Índices de Confiança do Empresariado e dos Consumidores, segundo pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Franchising sobre o primeiro trimestre, estejam em queda, o franchising fluminense pegou o caminho inverso e cresceu 4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto no Brasil o crescimento foi de 0,2%.
A crise que isolou o consumidor do comércio abriu um precedente para diversas negociações, como por exemplo, com relação aos aluguéis, que podem ser assuntos positivos para quem deseja investir. O saldo positivo entre aberturas e fechamentos de lojas ajudou no aumento de 0,3% de empregos formais. Na comparação entre 2019 e o ano retrasado, o crescimento atingiu 14%.
Os números apresentados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostraram que o Rio de Janeiro foi um dos destaques no país. As franquias também estão se preparando para um novo modelo de negociação a partir da crise do primeiro semestre. Atrair novos investidores requererá bom senso para fechar negócios e expandir suas marcas. A expansão de número de unidades por segmentos no estado foi a primeira pesquisa dessa natureza da Associação Brasileira de Franchising. No Rio de Janeiro, os setores que deram as cartas foram Serviços e Outros Negócios (39% de operação expandida), Comunicação, Informática e Eletrônicos (16,8%) e Moda (10,7).
Na visão nacional, o setor de Beleza, Estética, Saúde e Bem-Estar foi destaque no faturamento no último semestre de 2019. No segundo trimestre do ano passado, o Rio de Janeiro teve aumento de 14% em número de novas redes operando com destaques para os segmentos de Alimentação, Beleza, Estética, Saúde e Bem-Estar e Moda, setores que se complementam. A crise pela falta de emprego deve impulsionar novos empreendimentos no franchising. Segundo o relatório anual da consultoria Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado este ano e realizado no Brasil pelo Sebrae e Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o Brasil está entre os dez primeiros que creem que o desemprego leva o ex-empregado a tornar-se o próprio patrão ou empregador.
Investimento no Rio
Uma das empresas que vai investir no Rio de Janeiro é a Não+Pelo. A partir da plena retomada econômica e o fim do isolamento social, a multinacional, que investe há dez anos no Brasil, vai oferecer um leque de novos serviços, como metodologias em cera e laser, e outros inovadores. A rede inicia a implantação no maquinário próprio das unidades: a tecnologia exclusiva Sun&Safe, que rendeu um investimento de dois milhões de euros.
Após o sucesso nos países litorâneos da Europa, a tecnologia vem para ser um diferencial competitivo no segmento, já que através da Luz Pulsada Intensa, trabalhando o comprimento de luz entre 700 e 900 nanômetros, a Não+Pelo passa a atender clientes de peles negras mais escuras, peles bronzeadas (inédita técnica) e pelos mais grossos. O público masculino passa a ter uma atenção maior pelo fato da Não+Pelo ser especializada em tratamentos masculinos. A rede tem investimento inicial de R$175 mil.
Dentre as medidas para atrair os interessados, a taxa de franquia, no valor de R$ 45 mil, foi extinguida até o final do ano, além das duas reduções das taxas de royalties e publicidade já ocorridas. Além da tecnologia Sun&Safe, a Não+Pelo apresentará os serviços Pro-Skin e Limpeza Facial. Segundo o diretor geral da Não+Pelo no Brasil, José Rocco, o novo conceito da Não+Pelo, pós pandemia, visa a transformação dos serviços de beleza e estética cada vez mais essenciais para a imagem, higienização e cuidados pessoais.