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Fraudes em contratos

MP apreende R$ 8,5 milhões com investigado na compra de respiradores

Dinheiro estaria com ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, investigado da Operação Mercadores do Caos


Dinheiro escondido com Edmar Santos estava em malas. Foto: Divulgação Polícia Civil

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apreendeu ontem (10) R$ 8,5 milhões em espécie, durante nova fase da Operação Mercadores do Caos, que investiga fraudes em contratos para compra de respiradores mecânicos, usados, entre outras coisas, para o atendimento a pacientes com covid-19 no estado do Rio.

De acordo com o MPRJ, R$ 7 milhões estavam em real. O restante estava em moeda estrangeira (dólar, euro e libra esterlina). Segundo o Ministério Público, a quantia foi entregue espontaneamente por um dos investigados no inquérito, cujo nome não foi revelado.

O dinheiro terminou de ser contado na madrugada de hoje (11/7) com a ajuda de máquinas emprestadas pelo Banco do Brasil, na presença do investigado e de seu advogado.

R$ 6 milhões em malas

Na fase de ontem da operação, o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos foi preso por suspeita de envolvimento com o esquema que teria fraudado contratos para a compra dos respiradores. Somente com ele teriam sido encontrados mais de R$ 6 milhões em malas. O MPRJ também conseguiu, ontem (10), o arresto judicial de R$ 36,9 milhões em bens do ex-secretário, que seria o valor supostamente desviado em três contratos.

Na noite de ontem, quando diligências ainda eram cumpridas, uma fonte que participou da operação afirmou ao UOL que o montante fora encontrado em uma casa de Edmar Santos em Itaipava, distrito de Petrópolis, na Região Serrana. Hoje, a fonte reafirmou a versão. A informação foi repassada também a outros veículos de imprensa que, assim como o UOL, noticiaram o fato

No início de maio, o ex-subsecretário executivo da pasta, Gabriell Neves, já tinha sido preso por suspeita de envolvimento no esquema. Dias depois, Edmar Santos foi exonerado do cargo.

Santos, que é oficial médico da Polícia Militar, foi encaminhado ainda ontem à Unidade Prisional da PM fluminense.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro divulgou nota oficial em que detalha as circunstâncias da apreensão dos R$ 8,5 milhões na sexta-feira, mas não confirma o montante recolhido em poder de Edmar Santos nem a identidade do investigado que entegou espontaneamento aos procuradores a volumosa cifra. Eis a íntegra da nota:

"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro esclarece que o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ) apreendeu o total de R$ 8.5 milhões na fase da Operação Mercadores do Caos realizada nesta sexta-feira (10/7). Desse montante, cerca de R$ 7 milhões estavam em reais e o restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas. Os valores foram entregues ao MPRJ espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado.

Levado para a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), o dinheiro foi manipulado com luvas, e contabilizado na presença do investigado e de seu advogado, com posterior depósito em conta judicial do Banco do Brasil. Após a contabilização, todos os invólucros onde estavam as notas foram preservados para encaminhamento ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Para a essencial imediata contagem do dinheiro, o Banco do Brasil emprestou máquinas de contar cédulas e colocou à disposição agência com funcionário além do horário limite. A agência se localiza ao lado do edifício sede do MPRJ, o que facilita o transporte e a segurança, considerando que as contas judiciais devem ser abertas no Banco do Brasil. As diligências terminaram na madrugada deste sábado (11/7). A Delegacia Especial de Crimes Contra a Fazenda (Delfaz) teve atuação destacada no êxito da Operação Mercadores do Caos atuando na custódia do preso Edmar Santos.

Reprodução YouTube


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