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Corrupção, peculato e lavagem

Pesquisador da Fiocruz e Secretário de Transportes de São Paulo são presos pela PF

Operação Dardanários alvos são empresários e agentes públicos suspeitos de fazer contratações irregulares para serviços públicos, especialmente na área da saúde


Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz preso em Petrópolis. Foto: Divulgação Fiocruz

Policiais federais cumprem hoje (6) seis mandados de prisão e onze de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Os alvos são empresários e agentes públicos suspeitos de fazer contratações irregulares para serviços públicos, especialmente na área da saúde.

Os mandados da operação Dardanários estão sendo cumpridos nas cidades de Petrópolis (RJ), Goiânia, Brasília, São Paulo e São José do Rio Preto (SP). A investigação é um desdobramento das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS, que tiveram o ex-governador Sérgio Cabral e gestores de seu governo (2007 a 2014) como investigados.

Os presos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e após procedimentos de praxe, serão encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da justiça.

Os mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, estão sendo cumpridos pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Combate a Crimes Financeiros (Delecor), com apoio do Ministério Público Federal (MPF).


Dinheiro apreendido em um dos endereços da operação da PF. Imagem: Reprodução TV Globo

Secretário de Transportes de SP e pesquisador da Fiocruz

Um dos presos é Alexandre Baldy, secretário estadual de Transportes Metropolitanos de SP. Outras duas pessoas foram presas, entre eles um pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto.

A PF afirma que identificou "conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas".

Segundo as investigações, o secretário de João Doria, ex-deputado federal do PP de Goiás e ex-ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, é apontado por atos suspeitos antes de assumir a pasta.

Baldy, responsável pelo metrô paulistano e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, foi preso em casa, nos Jardins, e foi levado para a sede da PF na capital paulista.


Alexandre Baldy, secretário estadual de Transportes Metropolitanos de SP, preso pela PF. Foto: Neto Talmeli/Prefeitura de Uberaba

Guilherme Franco Netto foi preso em Petrópolis, na Região Serrana do RJ.

As duas prisões são temporárias.

Valores arrecadados

Apreensões, em espécie, no âmbito da Operação DARDANÁRIOS deflagrada hoje pela PF/RJ:

- R$ 90.000,00, em uma residência em Brasília/DF;

- R$ 115.000,00, em uma residência em Goiânia/GO;

- R$ 45.000,00, em uma residência em São Paulo/SP.

Total: R$ 245.000,00 (duzentos e quarenta e cinco mil reais).

O que disse João Dória, Governador de São Paulo:

"Os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça".

O que disse a defesa de Alexandre Baldy

"Alexandre Baldy tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou.

Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas".

O que disse a Secretaria de Transportes de SP

"Na manhã de hoje (6), a Polícia Federal esteve na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em São Paulo, cumprindo mandado de busca e apreensão da Operação Dardanários, que foi expedido pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Importante ressaltar que tal operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo. A STM colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal".

O que disse a Fiocruz

"A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi surpreendida na manhã desta quinta-feira (6/08) com a informação veiculada pela imprensa sobre a prisão do pesquisador Guilherme Franco Neto. A Fiocruz é rigorosa em seus mecanismos de controle e transparência inerentes ao sistema de integridade pública. O pesquisador Guilherme Franco é concursado e é um especialista de referência das áreas de saúde e ambiente, com extensa lista de contribuições à Fiocruz e à saúde pública. Diante das circunstâncias e como procedimento regulamentar, a instituição instaurou procedimento apuratório interno. A Fiocruz defende o princípio constitucional de presunção de inocência, tem convicção de que os fatos serão devidamente esclarecidos e está dando todo apoio necessário ao seu servidor, em contato direto com a família".

Agência Brasil

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