O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a saída da prisão do secretários dos Transportes Metropolitanos de São paulo, Alexandre Baldy. O integrante do governo de João Doria (PSDB) deixou a sede da Polícia Federal, na zona oeste da capital paulista, na madrugada de hoje (8).
A operação que prendeu Baldy, deflagrada pela PF, apura desvios de dinheiro na área da Saúde. As prisões feitas pela operação são temporárias, duram cinco dias, e podem ser prorrogadas.
Antes de ocupar a secretaria em São Paulo, Baldy também foi ministro das Cidades no governo de Michel Temer e deputado federal por Goiás.
Alexandre Baldy. Foto: Marcello casal Jr. - Agência Brasil
"Presunção da inocência"
Na decisão, Mendes diz que a prisão temporária não pode "ser utilizada como prisão para averiguações nem para forçar a presença ou a colaboração do imputado em atos de investigação ou produção de prova, em conformidade com a presunção de inocência e o direito à não autoincriminação".
A defesa de Baldy recorreu ao STF para pedir a liberdade do secretário, alegando que sua detenção seria uma "condução coercitiva travestida de prisão temporária".
Em nota, a defesa do secretário dos Transportes afirma que ele "tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão".
"Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou", segue a defesa.
"Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas.".