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Bem-estar na terceira idade

Programas oferecem espaços interativos

Por Cristina Ramos em 16/08/2018 às 16:05:06

O Programa Espaço Avançado, da UFF, tem vários projetos coordenados por especialista em gerontologia

Com redução das taxas de natalidade e maior acesso a tratamentos médicos, o número de idosos está aumentando consideravelmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2025, o número de pessoas com mais de sessenta anos, deverá ser 32 milhões. Os vovôs e vovós, hoje, mostram-se mais ativos, praticam esportes e fazem cursos.

O Sesc tem um trabalho social com idosos (TSI) há mais de 50 anos. Para a gerente de Assistência do Departamento Regional Rio, Thaís Castro, a perspectiva do TSI é acolher as demandas individuais e trabalhar esse indivíduo no grupo. "Isso possibilita o reconhecimento interpessoal, sentimento de pertencimento, criação de objetivos comuns, coesão, trocas afetivas e cognitivas. O objetivo do TSI é promover o envelhecimento ativo em todas as suas dimensões". O Sesc conta com um número de 5 mil idosos e realiza oficinas, cursos e palestras baseados nos princípios da gerontologia.

O Programa Espaço Avançado da Universidade Federal Fluminense, coordenado há 24 anos pela Assistente Social Maria Carmen Alvarenga, especialista em Gerontologia, é um projeto interdepartamental ligado a Proex e a Escola de Serviço Social. "A ideia do programa é abarcar uma série de subprojetos: o da enfermagem, o da memória cognitiva e o da psicologia. A gente trabalha com filme e discussão depois, e com palestrantes que vêm até aqui. E como a gente trabalha com o protagonismo do idoso, na última semana do mês, tem o sarau organizado por eles. Temos teatro, memória social, ioga, "projeto ensinando o que sabe", dança de salão e uma parceria com o Departamento de Educação Física, que se chama previ-queda", ressalta Carmen.

Todas as atividades do Projeto têm como fio condutor a questão da participação e cidadania e o protagonismo dos idosos. Segundo Carmen, toda a metodologia do Projeto é discutida com eles. "No final do ano, ao longo dos encontros temáticos, eles avaliam todas as atividades, opinam e dizem o que funcionou, e o que não funcionou." O que eles relatam pra gente é que há uma melhora muito grande na qualidade de vida, na questão que envolve solidão, depressão, no quadro de saúde, porque como eles estão convivendo, adoecem menos por estarem participando das atividades", relata Carmen.

O Projeto tem atendimento de enfermagem, de psicologia, é totalmente gratuito e a média de idade é de 75 anos, com público desde os 55 até os 90 anos. A maior parte que frequenta é do entorno, Gragoatá e Icaraí, mas tem gente do Fonseca, de São Gonçalo e um idoso da Ilha do Governador. "A gente vê que a abrangência do Projeto ampla, não é só Niterói e adjacências, mas Grande Rio, Araruama e Maricá", finaliza Carmen.

A mestranda em Enfermagem da UFF, Fernanda Figueiredo, conta que o projeto estimula a autonomia, a independência e a capacidade funcional dos idosos. "A gente faz a consulta, proporciona a terapia e faz um acompanhamento semanal com eles. Também oferecemos oficinas de educação e saúde - com temas pautados nas necessidades que eles trazem". Durante a consulta, são apurados os assuntos que os interessam. Recentemente, aconteceram as oficinas de saúde bucal, de autoimagem, autoestima e memória do corpo, todos no próprio ambulatório de práticas. "Eles sentem muita falta do projeto nas férias, pois criamos um vínculo de parceria estimulante. Existe muita conversa, trocas, e eles sempre têm muito o que oferecer pra gente. Experiências ricas, que muitas vezes a gente não valoriza até dentro da nossa própria casa, com os nossos avós, bisavós e outros parentes próximos", finaliza Fernanda.

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