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Bolsonaro ouviu líderes no Congresso para fixar em R$ 300 parcelas do auxílio

Guedes anuncia reforma administrativa e equipe desiste de trocar Bolsa-Família e abono do PIS por Renda Brasil

Por Portal Eu, Rio! em 01/09/2020 às 11:23:20

Ricardo Barros, novo líder do governo na Câmara dos deputados, foi um dos ouvidos. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o auxílio emergencial será prorrogado em mais quatro parcelas de R$ 300. Ele se reuniu na manhã desta terça-feira (1º/9) com ministros e parlamentares da base do governo, no Palácio da Alvorada, para alinhar as próximas ações do governo na área econômica. No anúncio, Bolsonaro estava ladeado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o novo líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-SP), ao anunciar a Medida Provisória com a prorrogação. Caso optasse por decreto, Bolsonaro dispensaria o aval do Congresso, mas não poderia mudar o valor do auxílio, de custo estimado em R$ 50 bilhões por mês.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, não participaram da solenidade. Na semana passada, depois de reunião com Paulo Guedes, Maia indicara a provável renovação do auxílio e cobrara a retomada da reforma administrativa. Guedes prometeu o envio da proposta ainda este ano, a ser aplicada somente aos futuros servidores. Ricardo Barros e o líder do Governo no Congresso, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), reforçaram a promessa, com corte de gastos e reforço da meritocracia.

O auxílio é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, como forma de dar proteção emergencial durante a crise causada pela pandemia da covid-19. O benefício começou a ser pago em abril, e foi estabelecido em três parcelas de R$ 600. O Renda Brasil, que a equipe econômica chegou a propor substituir benefícios como o Bolsa-Família, o abono do PIS e o seguro-defeso, pago a pescadores, ficou para o ano que vem. Com isso, a discussão poderá ocorrer em paralelo à definição de fontes de financiamento.

No sábado (29), em visita à cidade goiana de Caldas Novas, o presidente sinalizara a prorrogação do benefício até o fim do ano, mas em valor menor do que o pago desde o início da pandemia.

"Sabemos da necessidade daqueles que recebem o auxílio emergencial, e ele é pouco para quem recebe e muito para quem paga", disse o presidente. "Vocês gastam por mês R$ 50 bilhões neste auxílio. Nós pretendemos com um valor menor, que obviamente não será 600, mas também não será 200, prorrogá-lo até o final do ano", acrescentou.

Pago em razão da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, a criação do benefício foi aprovada pelo Congresso em março e sancionada pelo presidente no mês seguinte. Os beneficiários aprovados, que incluem desempregados e informais, recebem hoje três parcelas mensais de R$ 600,00.

Ajuda superou a perda de massa salarial provocada pela pandemia entre os brasileiros mais pobres

Cerca de 4,4 milhões (6,5%) de domicílios brasileiros sobreviveram, em julho, apenas com a renda do auxílio emergencial pago pelo governo federal para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19. Entre os domicílios mais pobres, os rendimentos atingiram 124% do que seriam com as rendas habituais, aponta estudo publicado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A ajuda financeira também foi suficiente para superar em 16% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas, segundo a análise que usa como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



Fonte: Com Agência Brasil

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