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Tradicional dança da Martinica é tema de exposição fotográfica no Cosme Velho

Fotógrafo Edu Monteiro apresenta o trabalho "Costas de Vidro" em galeria na Zona Sul

Por Gabriel Gontijo em 18/08/2018 às 18:33:25

Ladja é tema de exposição fotográfica no Rio (Foto: Edu Monteiro)

Uma dança bem semelhante com a capoeira e praticada apenas na Martinica, na América Central, tornou-se tema de uma exposição no Rio. O fotógrafo e pesquisador Edu Monteiro morou por seis meses no país, além de estudar por quatro anos a Ladja, uma tradicional dança local.

Após tanta pesquisa e inúmeras fotos, Edu expõe o resultado de seu trabalho na exposição "Costas de Vidro", aberta para o público até o dia 21 de agosto na Z42 Arte, localizada no Cosme Velho, na Zona do Sul do Rio. Em entrevista ao "Portal Eu, Rio!”, o fotógrafo contou que conheceu a dança através de seus treinos de capoeira. Desde então, se interessou pelo assunto.

”Quando eu treinava capoeira sempre ouvia falar desta luta da Martinica através dos relatos de mestres de capoeira que já estiveram por lá. Em 2011 eu fui para Barbados fazer outro traabalho, e aproveitei a proximidade com a Martinica para viajar por conta própria conhecer a Ladja. Fiquei fascinado por esse universo e acabei transformando este interesse em uma tese de doutorado em Artes na Uerj”, relembrou.

Por causa da tese, Edu Monteiro conseguiu uma bolsa que o permitiu morar por um semestre no país caribenho. Através da pesquisa, ele passou a estudar escritores e pensadores da negritude martinicanos, como Aimé Césaire, Edouard Glissant e Fantz Fanon, e os romancistas Patrick Chamoiseau, Raphael Confiant para entender o processo de colonialismo francês.Foi aí que o fotógrafo descobriu que a ladja é uma manifestação de resistência nascida na escravidão. Ainda de acordo com Monteiro, as características da dança só puderam ser encontradas na Martinica.

“Ela é uma mistura de diversas lutas africanas e mais recentemente também sofre influência de lutas orientais e ocidentais. Mas mesmo assim ela possui suas característicsa próprias, com um canto e uma forma de tocar o tambor muito particular”, contou Edu.

A Z42 Arte fica na Rua Filinto de Almeida, 42, no Cosme Velho, na Zona Sul, na subida para o Cristo Redentor. A classificação é livre e a entrada é gratuita. O curador responsável pela exposição é Roberto Conduru.

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