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Violência epidêmica

Mais crianças morrem de bala perdida durante a pandemia

Fogo Cruzado revela mais feridos e mortos com menos de doze anos, de janeiro a setembro deste ano, diante do ano passado


Pai, José Gérson, segura camisa do filho, Marcus Vinícius, morto por bala perdida, cena tristemente frequente no Grande Rio Foto Agência Brasil Fernando Frazão

Uma menina de 3 anos foi atingida por uma bala perdida na noite de segunda-feira (14/9), em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A criança estava no portão de casa, quando foi atingida no peito. Em 2020, a plataforma Fogo Cruzado já registrou 19 crianças, com idade inferior a 12 anos, baleadas na Região Metropolitana do Rio: 6 delas morreram. No mesmo período de 2019 (entre 1º/1 e 15/9), a plataforma Fogo Cruzado registrou 15 crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio: 4 delas morreram.

Ao todo, 763 pessoas foram baleadas no Grande Rio durante o isolamento social, destas, 384 morreram. Comparado com o mesmo período de 2019, quando houve 776 mortos e 737 feridos, na quarentena houve queda de 51% na quantidade de mortos e de 49% na de feridos.

Entre os baleados, 14 eram idosos (com idade igual ou superior a 60 anos), 11 eram adolescentes (entre 12 anos e 18 anos incompletos) e 8 eram crianças (com idade inferior a 12 anos). Houve ainda 64 agentes de segurança baleados e 38 pessoas vítimas de balas perdidas. 11 pessoas foram baleadas quando estavam dentro de casa e houve 19 casos em que 3 ou mais civis foram mortos a tiros em uma mesma situação, sendo 76 civis mortos nestas circunstâncias.

Com uma média de 13 tiroteios por dia, o período de quarentena (14 de março e 13 de setembro) teve 2.359 tiroteios/disparos de arma de fogo, o que representa uma queda de 7% em comparação com a média diária de tiros no período pré-quarentena (1 de janeiro até 13 de março) quando, dos 1.024 tiroteios/disparos de arma de fogo na região metropolitana do Rio, houve em média 14 tiros por dia. Houve ainda uma média de 2 mortos e de 2 feridos por dia durante o isolamento social.

A Zona Norte do Rio, com 828 registros, concentrou 35% do total de tiroteios/disparos de arma de fogo acumulados no Grande Rio durante a quarentena (2.359), sendo a região com mais registros neste período. Em seguida, estão Baixada Fluminense (503), Zona Oeste (439), Leste Metropolitano (409), Centro (115) e Zona Sul (65). O Leste Metropolitano****, com 272 baleados no total, concentrou o maior número de mortos (130) e de feridos (142).

O Rio de Janeiro, com 1.447 registros, foi o município da região metropolitana com o maior número tiroteios/disparos de arma de fogo durante a quarentena, concentrando 61% do total acumulado no Grande Rio (2.359). São Gonçalo (265), Duque de Caxias (164), Niterói (100) e Belford Roxo (88) completaram o ranking.

Rio de Janeiro também foi o município com o maior número de mortos (142) e de feridos (164). Entre os 5 bairros do Grande Rio com mais tiroteios durante a quarentena estão Vila Kennedy (169), Complexo do Alemão (69), Cidade de Deus (62), Tijuca (62) e Vicente de Carvalho (52).

Houve 575 tiroteios/disparos com a presença de agentes de segurança***, o que representa 24% do total de tiroteios registrados nestes 6 meses de quarentena (2.359). Já em comparação com o mesmo período de 2019, quando houve 1.217 tiroteios com a participação dos agentes, houve queda de 53% no índice de agentes envolvidos nos tiroteios.



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