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Um, dois, feijão sem arroz...

Um em cada três brasileiros teme passar fome

IBGE revela 85 milhões de pessoas com insegurança alimentar no biênio 2017/2018, primeiro recuo desde 2004, início da série


Acesso a alimentos preocupava 85 milhões de pessoas, e pelo menos dez milhões experimentavam privação severa, de acordo com o IBGE, dois anos antes da pandemia Foto Agência Brasil

Quase 85 milhões de brasileiros apresentaram algum grau de insegurança alimentar no biênio 2017-2018. Isso significa que, no período, mais de um terço de toda a população, estimada em 207 milhões de pessoas, manifestou incerteza ou preocupação quanto ao acesso aos alimentos. Os números fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares, divulgada nesta quinta-feira, 17/9, pelo IBGE. Ouça a reportagem sobre o tema da Radioagência Nacional no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br)

Desde 2004, início da série histórica do levantamento, essa foi a primeira vez que houve queda nos níveis de segurança alimentar no Brasil.Segundo o gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, André Martins, a redução está relacionada, entre outros motivos, à crise econômica pela qual passava o país. Martins detalha que, após um período de melhora, houve redução na segurança alimentar, revelada na pesquisa mais recente.

Ainda de acordo com a pesquisa, a fome voltou a crescer no Brasil, atingindo mais de 10 milhões de pessoas no biênio analisado. Ou seja, quase 5% da população vivia em domicílios com privação severa no acesso aos alimentos.

Para identificar o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, caracterizada pelo consumo insuficiente de alimentos, o IBGE consultou quase 58 mil domicílios entre junho de 2017 e julho de 2018.

O levantamento revela desigualdade entre as regiões no que se refere à segurança alimentar. A situação mais grave é a do Norte, onde apenas 43% dos domicílios tinham acesso garantido a alimento.

No Nordeste, a situação era um pouco melhor, mas ainda assim não chegava à metade das residências, ficando em 49,7%. A Região Sul, por sua vez, apresentava os melhores porcentuais, com 79,3%, seguida da Sudeste e Centro-Oeste.


Com Radioagência Nacional

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