O sistema de saúde neonatal do Estado do Rio está em risco: as 18 UTIS neonatais credenciadas pelo Estado e responsável, que tratam recém-nascidos que precisam de cuidados especiais, continuam prestando seus serviços, mesmo há cinco meses sem receber pelos serviços prestados.
Esses hospitais, sem receber pelos atendimentos aos 250 leitos disponíveis para a secretaria estadual de saúde, encontram-se inviabilizados de comprar medicamentos e outros materiais imprescindíveis, tornando-os incapazes de cumprir compromissos com fornecedores. Os gestores não estão medindo esforços para manter o bom atendimento, mas já ligaram o alerta vermelho.
Todos os tipos de recém-nascidos são atendidos no local: prematuros extremos abaixo de 600g, cardiopatas graves necessitando cirurgias de urgência, asfixia perinatal grave necessitando tratamento com hipotermia terapêutica, sífilis congênita grave, septicemias, insuficiência respiratória grave necessitando assistência ventilatória, cirurgias abdominais e toráxicas que necessitam pronta intervenção, entre outras.
Profissionais de saúde que tratam dos recém nascidos estão assustados com o descaso, irresponsabilidade e desrespeito do governo do Estado com os prematuros, cardiopatas e todos os recém nascidos graves com risco de vida que podem deixar de serem socorridos na rede privada, sem garantia de assistência nos hospitais públicos. Um grupo de unidades neonatais privadas que trabalha há 20 anos, com taxas de sobrevida de 95%, além da melhora da qualidade de vida e respeito às famílias e a sociedade já precisou parar o atendimento.
Uma médica, que acompanha de perto a situação, deu um depoimento ao Portal Eu, Rio! sem se identificar. ""Almejar futuro brilhante para nossas crianças requer cuidar da mulher, gestação, nascimento e socorro à saúde de recém nascidos. Está ameaçado o socorro de 250 bebês/ mês, que precisam de terapia intensiva, no Estado do Rio de Janeiro, pela falta de pagamento, há cinco meses, pelo governo do Estado, para um grupo de 18 UTIs que atendem estes bebês. Sem assistência neonatal de qualidade, os bebês não sobrevivem ou sobrevivem com graves sequelas para o restos de suas vidas, lesando famílias e sociedade. Garantir cérebros e futuro brilhantes para nossas crianças precisa ser levado a sério!", disse.