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Cerco à extorsão em Madureira

Civil prende três, sendo dois em flagrante, em ação contra a milícia

Operação Brutus cumpre 46 mandados contra traficantes, milicianos, guardas municipais e servidores da Prefeitura


Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial cumpriu um dos cinco mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio, e prendeu duas pessoas em flagrante na Operação Brutus Foto Asco

Dois criminosos foram presos em flagrante e um mandado de prisão foi cumprido pela Operação Brutus, dos cinco expedidos pela Justiça. O balanço da operação incluiu a apreensão de 12 toneladas de material pirata, armas e munições. Foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que ameaçava, coagia e extorquia ambulantes e comerciantes em Madureira, na Zona Norte.

Coordenada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), na manhã de terça-feira (6/10), a "Operação Brutus" executou mandados na sede da Guarda Municipal em Madureira, na Secretaria Municipal de Fazenda, no gabinete da vereadora Vera Lins, do Partido Progressista (PP) e no campo do Falcon, em Oswaldo Cruz. Apontado como a sede informal do grupo paramilitar que está sendo investigado, o campo pertencia ao tenente Marcos Paulo, o Falcon, presidente da Portela assassinado ano passado.

Investigação revela taxas de proteção de R$ 90 mil por semana e presença em nove homicídios em dois anos

Durante a operação também foram recolhidas 20 fardas militares, carregadores de pistola e fuzil, oito rádios comunicadores e 13 coletes balísticos. A quadrilha é composta por milicianos, traficantes e funcionários públicos municipais. As investigações apontam que os criminosos são suspeitos de movimentar de R$ 60 mil a R$ 90 mil por semana com cobranças irregulares, além de envolvimento em homicídios.

Os agentes da delegacia especializada informaram que, nos últimos dois anos, nove pessoas foram mortas porque não pagaram a propina exigida ou por briga entre facções rivais. Além disso, o bando está sendo investigado por formação de quadrilha, organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

A defesa da vereadora Vera Lins divulgou nota manifestando estranheza com os mandados de busca e apreensão no gabinete e argumentando que o servidor da Guarda Municipal investigado na Operação Brutus deixou de ser cedido ao mandato há dois anos. Abaixo, a íntegra da nota divulgada pelo escritório de advocacia que representa a vereadora em juízo:

"Na manhã desta terça-feira (06/10/20), fomos surpreendidos com um mandado de busca e apreensão, no gabinete da Vereadora, cumprido pela polícia civil, relativo a uma investigação da qual a mesma sequer é investigada.

Trata-se da apuração da suposta atividade de milicianos, a qual envolve o nome de um servidor concursado e de carreira da prefeitura, que já esteve lotado no gabinete da Vereadora, mas que já foi devolvido ao seu órgão de origem há quase dois anos, o que se comprova por ofício.

Causa muita estranheza essa busca, no gabinete da Vereadora, que sequer é investigada, não tendo, portanto, qualquer relação com a apuração policial, justamente dentro do período de campanha eleitoral.

Ao nosso sentir, trata-se de mais uma tentativa de interferência no processo eleitoral, especialmente por ser a Vereadora Vera Lins líder absoluta nas campanhas do Rio de Janeiro.

A assessoria jurídica da Vereadora está tomando todas as providências para apurar esse abuso perpetrado, sem justificativa, em plena campanha eleitoral.

James Walker Jr

Advogado da Vereadora Vera Lins"

Com Secretaria da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

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