TOPO - PRINCIPAL 1190X148

Maia aposta em diálogo com Bolsonaro para acesso a vacinas de qualquer origem

Ao lado de Dória, presidente da Câmara cobra passo atrás do Planalto e compra da chinesa Coronavac

Por Portal Eu, Rio! em 24/10/2020 às 12:04:51

Maia, que perdeu dez quilos com a Covid-19, diz que os brasileiros precisam ter direito a qualquer vacina aprovada pela Anvisa Foto Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o diálogo para garantir a autorização da vacina Coronavac do Instituto Butantan, após a aprovação pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O Butantan não é um instituto qualquer. Não foi criado ontem, tem uma história de respeito, de admiração de todos os brasileiros”, lembrou.

“Tenho certeza de que com os testes da vacina do Butatan, quando estiver aprovada pela Anvisa, o governo possa autorizar não somente esta, mas todas as vacinas que forem aprovadas”, afirmou, destacando que tem tido um bom diálogo com presidente da República, Jair Bolsonaro.

As declarações foram dadas nesta sexta-feira em coletiva de imprensa com o governador de São Paulo, João Dória, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro questionou a qualidade da Coronavac e afirmou que o governo federal não comprará vacinas da China. O presidente da Câmara, no entanto, espera que o governo federal “dê um passo atrás para atender à população brasileira”.

“Tenho certeza de que o presidente vai ouvir nossos apelos e a gente não vai precisar de outro caminho. A gente pode amadurecer, refletir e mudar de posição. Sendo a principal vítima no ano passado das redes bolsonaristas, sempre acreditei que chegaríamos a este ponto em que o diálogo prevaleça em relação ao radicalismo e às agressões nas redes sociais.”

China é parceira essencial do agronegócio, de bancada numerosa no Congresso

Rodrigo Maia declarou que não vê problemas nas relações do Brasil com a China, que tem acordo de cooperação com o Instituto Butantan para desenvolver e fabricar a vacina. "O Brasil não tem que ter nenhum problema com a China, muito menos com o Instituto Butantan. A China é um parceiro fundamental do nosso País. O importante é que a gente aproveite nas relações com os outros países aquilo o que melhor interessa a nosso País", afirmou Maia.

O presidente da Câmara também não vê problemas no Congresso com a relação com a China. “A parceria com a China é muito importante, começando com o agronegócio, que tem uma bancada enorme no Congresso.” Maia lembrou que o Brasil tem superávit estrutural de 29 bilhões de dólares com a China.

Discussão da obrigatoriedade da vacina não cabe à Presidência da Câmara


Rodrigo Maia insistiu que os brasileiros precisam ter direito à vacina do Instituto Butantan ou qualquer outra vacina aprovada pela Anvisa. “O Estado brasileiro tem que garantir vacina a todos os brasileiros. Não cabe a mim discutir se tem de ser obrigatória ou não”, ponderou. Segundo ele, a vacinação é fundamental para a volta à normalidade. “Devemos garantir proteção principalmente ao grupo de risco, àqueles que estão acima do peso, como eu, para os mais velhos”, apontou.

Maia voltou a afirmar que o coronavírus “não é um vírus qualquer” e lembrou da gravidade dos sintomas quando contraiu a doença. “Perdi dez quilos em sete dias”, revelou. ”Eu sei o que eu sofri e o que muita gente sofreu.”

Dimas Covas, também presente à coletiva, afirmou que o Instituto Butantan atingiu nesta semana 15 mil vacinações da fase de testes com voluntários, etapa essencial para encaminhar o pedido de aprovação pela Anvisa. “A vacina do Butantan é a mais segura em testes neste momento”, defendeu Covas. O instituto deve produzir 40 milhões de doses com matéria-prima vinda da China.

Esta semana, Covas cobrou da Anvisa agilidade na aprovação do pedido de importação de insumos. A Agência explicou que o processo segue o trâmite-padrão, e informou um prazo de cinco dias úteis para a análise, que se encerrará portanto semana que vem. Na sequência da cobrança, a agência divulgou a liberação de um lote de vacina pronta, trazida na China, de seis milhões de doses. A importação de insumos segue em análise, pois o Instituto Butantan, formulador do pedido, precisa resolver inconformidades detectadas pela equipe técnica da Anvisa.



Fonte: Agência Câmara de Notícias

POSIÇÃO 3 - ALERJ 1190X148POSIÇÃO 3 - ALERJ 1190X148
Saiba como criar um Portal de Notícias Administrável com Hotfix Press.