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PRF apreende mais de 70 carretas de etanol com problemas fiscais

Fraude deu prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos

Por Claudio Rangel em 16/12/2020 às 19:28:11

Prejuízo ao Estado envolve qualidade do etanol vendido no Rio. Foto: PRF/Divulgação

Prossegue em sigilo a investigação sobre os resultados da Operação Desvio de Rota que apura as fraudes relacionadas ao transporte de etanol no Rio de Janeiro. No período de um ano e meio, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de 70 carretas com irregularidades fiscais, totalizando cerca de 3 milhões de litros do combustível. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 1 bilhão.

A ação desta quarta-feira (15) foi promovida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro.

Os postos beneficiados pela fraude chegavam a vender o litro do etanol a R$ 1 mais barato do que a concorrência. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, o preço mínimo do etanol vendido no Rio de Janeiro no período entre 6 e 12 de dezembro variou entre R$ 3,549 e R$ 4,499.

Os criminosos se especializaram na falsificação da documentação do transporte de combustível, evitando o pagamento da alíquota de 32% de ICMS.

Desvio de rota

A Operação Desvio de Rota contou com a participação de mais de 110 policiais rodoviários federais. Eles cumpriram 25 mandados de busca e apreensão no Estado do Rio de Janeiro e nove no Estado de São Paulo. A fraude também envolve oito usinas suspeitas de venda de combustível com notas falsas, o que é classificado como sonegação fiscal e organização criminosa.

Os criminosos desviavam os combustíveis das rotas dos principais postos fiscais do Estado: Nhanghapi e Levy Gasparian. Daí o nome da operação. O MPRJ informa que os criminosos chegaram a ameaçar anonimamente servidores públicos que apreendiam os combustíveis.

Os mandados foram deferidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias.

O Policial Rodoviário Federal Chefe do Núcleo de Comunicação Social, José Hélio Macedo, explica a ação. Ouça!

Por Claudio Rangel
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