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Cantor lança música cuja letra é inspirada na literatura de Luiz Antonio Simas

Artur Nabeth traz versos que traduzem a boemia carioca e dão o tom da produção audiovisual de 'A Rua'

Por Portal Eu, Rio! em 21/12/2020 às 07:00:00

“Dançar um charme no Viaduto de Madureira. Ouvir Cartola no ensaio da Estação Primeira. Lembrar do Buraco Quente, de Nelson Cavaquinho. Na roda em Vila Isabel, um samba do Martinho”. Os versos que traduzem a boemia carioca dão o tom da produção audiovisual de “A Rua” - terceiro single do disco Mitos, álbum lançado em outubro e que marca a estreia solo do cantor e compositor Artur Nabeth. Dirigido por Yasmin Thayná (roteirista do videoclipe “Trevo, Figurinha e Suor na Camisa”, parceria de Ivete Sangalo com Emicida), o filme verte, a cada frame, a satisfação de redescobrir a plenitude da própria companhia ao fim de um relacionamento (assista aqui).

“Essa letra é inspirada na literatura do Luiz Antonio Simas”, conta Artur sobre a referência para criar um cenário que transpira brasilidade. Com uma paisagem composta por casas antigas, de arquitetura colonial, muros grafitados e fios cortando o céu, o registro de “A Rua” poetisa um Rio de Janeiro real enquanto enquanto a melodia embala “um samba jazz, meio samba soul” - define o cantor sobre a faixa produzida por Marcelo Rezende.

Além de trazer uma identidade bem brasileira, a produção ainda subverte a lógica predominante no imaginário de muitos que, ao ouvir uma história sobre aceitar um término e voltar para a boemia, pensam automaticamente em um personagem masculino. “Geralmente é o contrário, né? A ideia do sambista malandro que se separa e volta pra boemia ainda predomina muito”, observa. A música é a terceira do disco a ganhar um videoclipe e agrega maior leveza à videografia do artista carioca, ao suceder o politizado registro da faixa-título do disco, “Mitos”, lançado também em outubro (assista aqui).

Assista ao videoclipe “A Rua”

Ouça o disco Mitos

Sobre o artista:

Artur Nabeth é cantor e compositor, nasceu em Niterói e foi criado no Rio de Janeiro. Começou a cantar profissionalmente em 1998 mas se destacou à frente do Eletro (2005-2012), grupo com o qual lançou dois discos (um EP homônimo, em 2005, e o álbum “Lembra o Amanhã”, em 2010) e frequentou importantes palcos de diferentes estados do Brasil — com destaque para as participações nos festivais Humaitá Pra Peixe (RJ), MTV (RJ) e MADA (RN). Após um hiato de oito anos, retorna à cena musical com seu primeiro álbum solo, “Mitos”.


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