O desembargador plantonista do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Joaquim Domingos de Almeida Neto, deixou de emitir o alvará de soltura do prefeito afastado Marcelo Crivella, como determinou o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins,
Almeida Neto justificou a atitude alegando que preferia encaminhar o pedido à relatora da audiência de Custódia, desembargadora Rosa Helena Macedo, a mesma que assinou o pedido de prisão de Crivella.
Uma liminar foi concedida na noite de ontem pelo ministro do STJ, Humberto Martins, que transformou a prisão preventiva em domiciliar com uso de tornozeleira por considerar que o prefeito afastado Marcelo Crivella não oferece riscos. Também considerou que ele tem mais de 60 anos e faz parte do grupo de risco para a covid-19.
No entanto, a liminar impede Crivella de manter contato com terceiros e terá de entregar seus telefones, computadores e Tablets às autoridades policiais.
Crivella foi acusado de envolvimento no esquema de propina na Prefeitura do Rio de Janeiro e que envolve outros 26 pessoas entre empresários e políticos. Ele foi preso na manhã do dia 22, em casa, e está afastado do cargo.
Segundo as investigações, os empresários eram obrigados a pagar propina em troca de contratos milionários com a Prefeitura do Rio de Janeiro.
As investigações prosseguem e foram tomadas com base em delação premiada e milhares de gravações de trocas de mensagens feitas entre Crivella e seus assessores.