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Desembargador deixa de cumprir decisão superior e Crivella permanece preso

STJ concedeu a prefeito direito a prisão domiciliar, mas plantonista não emite alvará de soltura

Por Portal Eu, Rio! em 23/12/2020 às 17:42:54

Crivella terá que usar tornozeleira. Foto: Arquivo

O desembargador plantonista do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Joaquim Domingos de Almeida Neto, deixou de emitir o alvará de soltura do prefeito afastado Marcelo Crivella, como determinou o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins,

Almeida Neto justificou a atitude alegando que preferia encaminhar o pedido à relatora da audiência de Custódia, desembargadora Rosa Helena Macedo, a mesma que assinou o pedido de prisão de Crivella.

Uma liminar foi concedida na noite de ontem pelo ministro do STJ, Humberto Martins, que transformou a prisão preventiva em domiciliar com uso de tornozeleira por considerar que o prefeito afastado Marcelo Crivella não oferece riscos. Também considerou que ele tem mais de 60 anos e faz parte do grupo de risco para a covid-19.

No entanto, a liminar impede Crivella de manter contato com terceiros e terá de entregar seus telefones, computadores e Tablets às autoridades policiais.

Crivella foi acusado de envolvimento no esquema de propina na Prefeitura do Rio de Janeiro e que envolve outros 26 pessoas entre empresários e políticos. Ele foi preso na manhã do dia 22, em casa, e está afastado do cargo.

Segundo as investigações, os empresários eram obrigados a pagar propina em troca de contratos milionários com a Prefeitura do Rio de Janeiro.

As investigações prosseguem e foram tomadas com base em delação premiada e milhares de gravações de trocas de mensagens feitas entre Crivella e seus assessores.

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