O presidente do grupo cubano BioCubaFarma, Eduardo Martínez, aponta o bloqueio econômico promovido pelos EUA como obstáculo para o desenvolvimento das quatro vacinas contra a covid-19 em teste na ilha, entre elas, uma de aplicação nasal.
A afirmação foi feita durante pronunciamento no plenário da Assembleia Nacional do Poder Popular, segundo a Prensa Latina de 16 de dezembro.
Para as autoridades cubanas, a pandemia está sob controle. Neste domingo (27), de acordo com o Ministério de Saúde Pública de Cuba, foram registrados o total de 11.205 casos confirmados de covid-19, com 142 mortes desde o início da pandemia.
No início de dezembro, os cubanos anunciaram o início dos testes com uma vacina aplicada por via nasal. O projeto é desenvolvido pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB). A estratégia é a imunização pela rota nasal já que o vírus SARS-CoV-2, agente da Covid-19, é respiratório e infecta através da mucosa da nasofaringe.
Enquanto o CIGB desenvolve as vacinas Mambisa e Abdala, o instituto cubano Finlay Vaccine Institute (IFV) desenvolve as vacinas Soberana 01 e Soberana 02, em fase III de testes.
Para Eduardo Martinez, o cerco político e econômico impede o desenvolvimento científico de Cuba, atrasa o preparo das vacinas em estudo e ensaios e dificulta a aquisição de insumos para a produção dos imunizantes. Mas ele ressalta que os cientistas cubanos estão empenhados em obter a imunização da população, mais cedo ou mais tarde.