Em tempos de pandemia da covid-19, bruxismo e ansiedade surgem como consequências da tensão vivida durante o isolamento social. Os consultórios dentários registram o aumento de casos de dentes quebrados, dores faciais e irritações diversas e apontam como causas os problemas nervosos comuns vividos no ano que passou.
De acordo com a doutora Eloísa Pires, o aumento do bruxismo e do briquismo nos dias atuais é real e sua causa é a tensão e a ansiedade nervosa que todos estamos passando:
"Percebi o aumento grande de casos em meus pacientes. O Bruxismo é o deslocamento dos maxilares. O briquismo é o apertamento dos maxilares. Ambos causam desgastes e às vezes até fraturas dentárias, além de dores orofaciais".
Além de dentes quebrados, especialistas afirmam que o bruxismo pode provocar dores de cabeça, dores nos músculos da face ou na nuca. O problema ocorre com maior frequência em adultos e durante o sono, quando a pessoa passa a ranger os dentes sem dar conta do que está acontecendo.
A odontologista Eloisa Pires explica que é possível tratar o bruxismo. O tempo e tipo de tratamento variam caso a caso.
"Depende da severidade de cada um. Mas o que pude observar foi um aumento real e absurdamente grande e severo de casos de distúrbios temporomandibulares e até fraturas dentárias decorrentes dessa situação atual".
O dentista precisa averiguar a razão dos desgastes. Segundo Eloisa Pires, de acordo com o caso, podem ser tomadas medidas como aplicação de Botox na região muscular afetada, além de um conjunto de atendimentos odontológicos. O paciente pode também precisar do acompanhamento de um psicólogo.
Os adultos são os mais afetados. Até mesmo com sintomas graves. Eloisa Pires diz que o tempo de tratamento depende da severidade dos sintomas. Ela reforça a necessidade de visitar um dentista, mesmo em tempos de covid-19:
"A melhor recomendação é que procure seu dentista logo!! Os dentistas estão na linha de frente quanto aos cuidados e procedimentos antitransmissão da covid-19, criteriosos a todo protocolo recomendado pelo Conselho Regional de Odontologia. Não tenham medo. Melhor prevenir do que remediar", concluiu.