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Jogador Marcinho tenta se defender após morte da segunda vítima do atropelamento

Maria Cristina José Soares não resiste e morre uma semana depois de ter sido atropelada pelo jogador Marcinho

Por Claudio Rangel em 06/01/2021 às 04:55:07

Marcinho fugiu do atropelamento com o mesmo carro. Foto:Reprodução de TV

O jogador Marcinho, acusado de ter atropelado um casal de professores no último dia 30 na Avenida Lúcio Costa, no Recreio, tem o seu caso agravado com a morte da segunda vítima, a professora Maria Cristina José Soares, de 66 anos, que não resistiu às diversas fraturas que sofreu após o atropelamento. Sua morte foi atestada nesta terça-feira (5).

Maria chegou a passar por cirurgia no domingo e foi diagnosticada com covid-19. Depois de um momento de lucidez, seu caso se agravou. Ela foi intubada, mas o tratamento não surtiu efeito.

A primeira vítima do atropelamento foi o marido de Maria, Alexandre Silva de Lima, de 68 anos.

No momento do atropelamento, Marcinho fugiu da cena. Na delegacia ele alegou que estava com medo de ser agredido, pois chegou a receber ameaças de morte de integrantes da torcida do Botafogo, seu ex-clube.

Testemunhas culpam Marcinho

Em depoimento ao delegado Alan Luxardo, que comanda as investigações do caso, testemunhas disseram que Marcinho dirigia de forma perigosa e em alta velocidade. Disseram ainda que o jogador guiava em zigue-zague pela pista a 120 km/h.

Outra testemunha disse que ao fugir, Marcinho chegou a passar com o carro por cima de uma das vítimas. Uma outra disse que outras duas pessoas estavam no carro de Marcinho e que saíram do local do atropelamento de táxi, depois de retirarem bebidas do Mini Cooper.

A defesa nega a veracidade dos depoimentos. O advogado Gabriel Habib disse ao Portal GE que não existe nenhum táxi na história e que Marcinho não estava em alta velocidade. Ele alega que a Avenida Lúcio Costa está cheia de câmeras e a velocidade máxima da via é de 70 km/h. Se ele estivesse correndo, haveria uma multa.

O advogado do jogador disse ainda que a versão de atropelamento do corpo da vítima não procede, pois ela morreu em decorrência das fraturas nas pernas, o que indicaria que ela foi lançada para a frente.

Gabriel Habib disse ainda que as vítimas atravessaram fora da faixa de pedestre e que estava escuro no momento do acidente, 8 horas da noite.

"Ninguém está feliz com isso. O Márcio está dando toda a assistência à família. Mas a família está negando a assistência", disse o advogado.

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