Uma mulher morreu após ser baleada durante a invasão do Capitólio dos Estados Unidos por centenas de partidários do presidente derrotado Donald Trump durante a certificação do presidente eleito Joe Biden nesta quarta-feira (6). A cerimônia teve que ser interrompida e a Guarda Nacional foi convocada para conter os manifestantes.
Trump dizia a uma multidão do lado de fora da Casa Branca que eles nunca deveriam aceitar a derrota. Analistas, tanto Republicanos quanto Democratas, classificam o ato como uma tentativa de golpe para anular o resultado das eleições.
O presidente eleito, Joe Biden, foi a TV e condenou Trump por alimentar a violência:
“Peço a essa multidão que recue e permita que o trabalho da democracia avance”, disse ele.
Com mastros com bandeiras azuis do Trump, uma multidão invadiu as portas e janelas do Capitólio, forçando a passagem por policiais despreparados para o ataque. Os legisladores foram evacuados pouco antes de um confronto armado nas portas da Câmara. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para conter a multidão.
Donald Trump perdeu o voto popular e do colégio eleitoral, mas continua disputando o resultado das eleições, sem provas, e tem incentivado seus apoiadores a comparecerem aos comícios. Ele subiu ao palco por volta do meio-dia para multidões, alegando falsamente que tinha vencido a eleição.
Diante do atentado, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, impôs um toque de recolher em toda a cidade enquanto a cena caótica piorava no prédio do Capitólio dos Estados Unidos.
Das 18h00 de quarta às 6h00 de quinta-feira, Bowser disse que ninguém além do pessoal essencial teria permissão para sair na cidade.
Fonte: Washington Post