O advogado Albino Pereira, que atende os jovens acusados de realizar um atentado a bala contra o youtuber e vereador Gabriel Monteiro (PSD) na terça-feira (5) disse hoje (06) que as marcas no carro foram provocadas por pedradas, e não por tiros, como afirma o parlamentar.
De acordo com o advogado, o YouTuber filmou as pessoas presentes em um ponto de mototaxistas na Gamboa. Na narração, ele usou termos que os jovens tomaram como ofensa. Os garotos pediram que as gravações parassem. Porém, o vereador sacou uma arma ao sentir-se ameaçado e entrou no carro.
Albino Pereira sustenta que, então, os rapazes apedrejaram o veículo do vereador. O advogado recolheu as pedras portuguesas arremessadas contra o veículo.
As famílias de dois dos rapazes, menores de idade, concordaram em que eles depusessem na delegacia e assumissem a responsabilidade, ainda que parcial, pelos ataques.
De acordo com Albino Pereira, a perícia no automóvel do parlamentar será decisiva. Caso não se constatem perfurações compatíveis com as feitas por projéteis de armas de fogo, o vereador fica sujeito ao enquadramento por denunciação caluniosa ou falsa comunicação de crime.
"O mandato na Câmara Municipal não confere foro especial a seus detentores. O vereador está afastado da PM, em meio a processo disciplinar por acusar nas redes sociais, repetidamente, o coronel PM Ibis Pereira, hoje na reserva e professor de Ciências Sociais, de conivência com o Comando Vermelho", lembra.
Naquela ocasião, Gabriel Monteiro tentou justificar a denúncia com o argumento de que o coronel foi visitar o Complexo da Maré, supostamente área dominada pelo Comando Vermelho, mas a acusação foi considerada sem provas e resultou em sanção disciplinar contra Gabriel Monteiro.
O Portal Eu, Rio! tenta contato com o YouTuber. O espaço está aberto.