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Novo disco do Velhas Virgens faz homenagem ao rock’n’roll dos anos 70

Grupo resolveu se adaptar aos novos tempos com um lançamento on line

Por Portal Eu, Rio! em 08/01/2021 às 10:00:00

Velhas Virgens. Foto: Divulgação

O novo disco das Velhas Virgens foi lançado em meio às muitas mudanças e dificuldades que todos estão vivendo durante a pandemia. A Covid-19 impediu a continuidade da turnê, que começou no final de 2019 com o lançamento dos primeiros singles que anteciparam o disco completo. Após a espera do espetáculo com as novas músicas - os shows sempre foram a maior forma de divulgação da banda - o grupo resolveu se adaptar aos novos tempos com um lançamento on line, mesmo tendo o CD na forma física, com divulgação nas mídias sociais.

Com apenas 10 músicas, o disco nasceu para ser um EP e foi sendo aumentado e construído durante a pré-produção, antes mesmo dos ensaios com a banda. A ideia era fazer uma homenagem ao rock’n’roll dos anos 70, sem sair do estilo simples. Durante os ensaios nem todas as músicas acabaram caminhando para isso, mas, no geral, aconteceu um clima orgânico nas gravações e arranjos que remeteu ao rock setentista.

Mudanças

A primeira foi na escolha do produtor, que recaiu em Gabriel Fernandes, que teve sua escola no rock, mas se destacou gravando pop, sertanejo e "outras loucuras". Como ele queria voltar a gravar rock e a banda precisava "dar uma cara diferente" para esse disco, foi juntar o útil ao agradável.

As artes do disco também mudaram: ao invés de trabalhar uma ilustração, resolveu-se por usar um desenho estilizado do copo americano, um símbolo forte que representa “o bar”. As cores saem de uma gaita e entram no copo, significando a alegria de se encontrar com os amigos para comemorações.

O disco

O CD abre com “Mazzaroppi Blues” (Paulão de Carvalho), a primeira vez que a banda gravou uma música instrumental, com “riff” e melodia composta para gaita, um arranjo entre a surf music misturada ao rock’a’billy com pegada bem dançante.

Em seguida vem “O Bar Me Chama” (Paulão de Carvalho), que dá nome ao disco. É um típico blues das Velhas Virgens: bem-humorado, chamando todos para a festa, com refrão grudento, “riff” de gaita e um arranjo mais elaborado com metais e coro lembrando os momentos mais pop de BB King.

“Leprechaun” (Paulão de Carvalho) aparece duas vezes, na primeira versão mais rock e na segunda, com a participação especial da banda paranaense “Terra Celta”, mais divertida com seus instrumentos diferentes e um tratamento “celta”.

A stoniana “Brechó Cintilante” (Paulão de Carvalho) dá o clima rock’n’roll bem ao estilo dos anos 70, com uma gravação bastante orgânica. Conta a história de um bar lisérgico que aparece e desaparece no meio da Serra da Cantareira, onde pessoas de todas as épocas vão para dançar, curtir a música, boa comida e bebida.

“Não É Não” (Alexandre Cavalo Dias) é uma música controversa feita sob medida para a vocalista Juliana Kosso. O arranjo mistura bandas dos anos 70 de diferentes vertentes como “Cream” e “Lynyrd Skynyrd”,. A diferença vai para a temática feminista que dá voz ativa e protagonismo para a garota da banda.

O Rock mais pesado do disco fica por conta de “Carregue Sua Cruz Com Classe” (Paulão de Carvalho) com “riff” de guitarra simples e pesado, letra que fala de alcoolismo e como não arriscar determinadas coisas importantes da vida.

“Vícios e Pecados” (Alexandre Cavalo Dias) trata de dor e separação, que ficou ainda mais angustiante nessa interpretação. Com arranjo simples, refrão que cresce com a música, é uma balada que as Velhas costumam gravar em todos seus discos.

Outra novidade é a versão de "Lousiana", um sucesso obscuro dos anos 70 na voz de Mike Kennedy e composta por Percy Mayfield, em versão de Paulo de Carvalho. A música recebeu um tratamento mais pesado e direto, com teclados do produtor Gabriel Fernandes guiando os arranjos.

Para fechar o disco os dois presentes para o público fiel da banda: a versão de “Leprechaun”, com o “Terra Celta”, e uma versão de “O Bar Me Chama”, com direito a um divertido “coro de zumbis” finalizando o CD.

OUÇA AQUI “O BAR ME CHAMA”:

https://onerpm.lnk.to/OBarMeChama




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