No primeiro mês do ano, o alerta é feito pela cor verde para falar sobre o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres no Brasil. Com registros que ultrapassam 15 mil casos ao ano, o câncer de colo de útero tem uma taxa de mortalidade de até 40%. Por isso, sociedades médica e civil se unem para em prol da prevenção e do diagnóstico precoce e, assim, reduzir os números de óbitos. Causado pelo HPV, entre as causas de maior risco da doença estão o início precoce da atividade sexual e sexo sem preservativo.
O câncer do colo de útero é detectado através de um exame simples, rápido e indolor: o Papanicolau. Todas as mulheres com idade a partir de 25 anos, que já tenham iniciado a sua vida sexual, devem fazer o preventivo uma vez por ano. É este exame que detecta lesões ou alterações causadas pelo papilomavírus humano (HPV). “Na grande maioria das vezes, detectamos lesões precursoras, que se não forem orientadas e tratadas de forma correta, podem evoluir para câncer”, explica o especialista em oncologia ginecológica do Centro de Oncologia do Parará, Fabio Roberto Fin.
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Tratamento
O primeiro passo após a confirmação de um diagnóstico de câncer é descobrir o estágio da doença. A paciente é encaminhada para alguns exames e, com os resultados em mãos, o médico vai definir qual o tipo de procedimento a seguir.
Quando o câncer ainda se encontra em fase inicial e se existir o desejo daquela paciente de engravidar, dependendo da situação, é possível fazer a retirada do colo do útero com preservação do corpo uterino, mantendo-se, assim, a possibilidade de gestação. Nos casos em que a mulher não deseja manter a fertilidade, procede-se a retirada total do útero. Já em casos em que o tumor se encontra em estágio mais avançado, o tratamento é baseado em rádio e quimioterapia.
Ainda que com a retirada do útero, as pacientes não precisem mais fazer o exame Papanicolau, isso não significa descuidar da saúde. “Não exclui a necessidade de avaliação periódica da mama e exame pélvico regular a serem acordados com o seu médico”, esclarece Fin.
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Prevenção
A forma mais prática de evitar a exposição ao HPV é fazendo uso de preservativos, masculinos ou femininos. Por isso, o especialista faz um alerta às mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais: “o uso de contraceptivo oral dá a ilusão de que não há a necessidade de usar camisinha, no entanto devemos lembrar que as pílulas foram criadas para evitar a gravidez, e não doenças sexualmente transmissíveis”.