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Passeio Público é mais uma área verde reaberta aos cariocas

Espaço público é o primeiro parque ajardinado do Brasil, tombado pelo Iphan

Por Portal Eu, Rio! em 17/01/2021 às 13:34:59

O Passeio Público: reaberto após força-tarefa de recuperação e limpeza da área - Ricardo Cassiano / Prefeitura do Rio

O prefeito Eduardo Paes reabriu, neste sábado (16/01), o Passeio Público do Rio de Janeiro, o primeiro parque ajardinado do Brasil, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esta foi a segunda área verde da cidade reaberta pela nova gestão: no dia 8, a Prefeitura devolveu o Campo de Santana aos cariocas.

Depois de dar uma volta pelo Passeio Público, o prefeito voltou a defender a reabertura de espaços públicos ao ar livre. E ressaltou que, de acordo com as orientações científicas, as áreas livres são um aliado no combate à Covid-19.

– Essa é uma determinação da Secretaria Municipal de Saúde e dos epidemiologistas. Eles que decidem, sigo aquilo que os técnicos têm dito. Eles acham que é muito importante que os espaços públicos de qualidade, como este aqui, estejam abertos para que a população possa espairecer. Claro que sempre guardando a devida distância e utilizando máscaras – frisou o prefeito.


Foto: Ricardo Cassiano / Prefeitura do Rio

Para recuperar o Passeio, fechado desde o início da pandemia, foi necessário fazer um mutirão de limpeza e recuperação do espaço. O trabalho conjunto foi coordenado pela Fundação Parques e Jardins (FPJ), vinculada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e contou com esforço de diversas secretarias e órgãos municipais: Subprefeitura do Centro, Comlurb, Secretaria Municipal de Conservação, Secretaria Municipal de Ordem Pública e Guarda Municipal.

A Comlurb fez 57 manejos de árvores no local, sendo 55 podas mecanizadas com 32 garis, que contaram com apoio de cinco caminhões com cesto aéreo e cinco para remoção de galhadas. Até a noite de sexta-feira, a companhia já havia removido 19,8 toneladas de resíduos. A Secretaria de Infraestrutura, por meio da Rioluz, ficou responsável pela revisão de toda a iluminação do Passeio Público. As equipes substituíram as lâmpadas apagadas, fizeram a reposição dos globos coloniais depredados e reconstruíram as redes de alimentação elétrica para restabelecer a iluminação pública.

A Seconserva se dedicou à recomposição dos pisos de pedras e de concreto, à reposição de tampas da rede de drenagem e à recuperação dos monumentos e das obras de arte espalhadas pelos jardins. O famoso Chafariz dos Jacarés, também conhecido como Fonte dos Amores, precisou de intenso reparo para a limpeza e a recuperação da sua estrutura. A FPJ realizou a poda de arbustos e o plantio de 300 mudas de forração.


Foto: Ricardo Cassiano / Prefeitura do Rio

Morador da Lapa, o advogado Paulo Simões comemorou a reabertura do Passeio Público. Mais conhecido como Palhinha, ele diz que agora voltará a frequentar o espaço, como sempre fez desde o final dos anos 1960.

– Faz lembrar a nossa infância, vinha aqui nos fins de semana fazer piquenique com meus pais e amigos. As pessoas deixaram de frequentar por falta de segurança. Essa área serve de lazer para muito trabalhador aqui do Centro, que vem descansar na hora do almoço, conversar com os amigos – disse Palhinha, que relembrou que o Passeio Público ficava cheio nos fins de semana, quando tinha a feira dos colecionadores de selos e moedas.

Quem também ficou feliz com a reabertura do espaço foi o garçom Jesus Rodrigues de Mesquita. Cadeirante e morador da Glória há 40 anos, ele conta que a região estava abandonada pelo poder público.

– A reabertura está sendo muito importante para o nosso bairro e nossa cidade, ficamos muito satisfeitos. Antes, você se sentia inseguro para entrar aqui porque estava tudo largado, abandonado. Não tinha como você dar um passeio, trazer as crianças.

Passeio Público

O Passeio Público do Rio de Janeiro foi construído a partir de 1783 e, durante muitos anos, foi o grande ponto de encontro da população carioca nos séculos XVIII e XIX. São 33 mil metros quadrados tomados pelo Iphan, habitados por mais de 90 espécies vegetais de grande porte e por muitas aves que pousam nas árvores e nos jardins. Em seu interior pode-se contemplar, além de variadas espécies da flora nacional, obras de arte confeccionadas por Mestre Valentim.

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