Maioria de corredores lesados ainda não receberam dinheiro de volta

No ultimo dia 29 de julho centenas de pessoas não conseguiram disputar a Asics Golden Run por causa de problemas de inscrição na prova que é uma das meias maratonas mais famosas da cidade do Rio, muitas delas nem sequer estavam inscritas. Essas pessoas compraram seus kits para a corrida com a policial militar Luciana Amaral de Freitas Sousa, agora um pouco mais de um mês depois, muitos ainda lutam para serem ressarcidos.

É o caso da vendedora Lilian Queiroz, ela contou que fez diversos contatos telefônicos e através de mensagens pelo Whatsapp com Luciana, mas apesar de não atender as ligações, ela recebia sempre a mesma resposta no aplicativo. “Ela responde a mesma coisa, que vai ressarcir, que vai ser da tal lista dela, que não sei quem enganou ela”, conta Lilian.

Isso até ser bloqueada por Luciana, mas através de outro número ela tenta contato, mas disse que ser for bloqueada de novo vai tomar uma providência. “Falei com ela muitas vezes, falei não né? Cobrei, por que com ela não tem conversa mais”, afirma ela que disse que vai até o batalhão onde ela trabalha em Ipanema, tirar satisfações.

No entanto há quem tenha conseguido ser ter seu dinheiro de volta, foi o caso do proprietário de padaria Marcelo Rodrigo Assis que ao contrário de Lilian, não foi bloqueado e teve seu dinheiro devolvido no dia 5 de agosto, aproximadamente uma semana depois da prova. “Enchi muito o saco, reclamei, falei que iria no batalhão dela etc. Daí ela depositou na minha conta e pediu desculpas pelo ocorrido”, conta ele que se arrepende de não ter comprado o kit com a empresa organizadora, no caso a Ativo.

Pessoas que compraram outras provas temem serem lesadas

Devido ao problema na Asics Golden Run, corredores que compraram com Luciana para outras corridas procuraram antes que desse algum problema, reaver o dinheiro investido. É o caso do de um corredor, que não quis se identificar. Ele o comprou kit para a etapa outono do Circuito das Estações, prova que acontece no próximo dia 30 de setembro no Aterro do Flamengo. “Fiz contato com ela sim pedindo o dinheiro de volta. Ela disse que vai devolver. Mas pelo visto ela é muito enrolada”, revela ele que disse que ela demora, mas responde suas mensagens.

Procurada pela reportagem, Luciana não respondeu, assim como sua advogada. O grupo criado por ela, “Corredores Alados”, que tinha cerca de 400 pessoas foi apagado.