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No dia do educador físico, CREF1 alerta para maus profissionais na área

Só este ano, quase 200 falsos educadores foram denunciados

Por  Cristina Ramos em 01/09/2018 às 14:07:30

A inatividade física constitui um enorme custo para o setor da saúde. (foto: Pixabay)

No dia do profissional de Educação Física e num estado onde há grande concentração de academias espalhadas, um alerta do Conselho Regional de Educação Física (CREF1). Só no primeiro semestre de 2018, no estado do Rio de Janeiro, o Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Educação Física (CREF1) flagrou 195 falsos profissionais à frente de atividades físicas. Também foram detectadas mais de 1 mil irregularidades nos estabelecimentos. Comparado com o mesmo período de 2017, houve uma redução de 8% no número de falsos profissionais. Na ocasião, 211 exercícios ilegais foram encontrados. Do total, 135 casos ocorreram no Grande Rio, dos quais 22 na orla, com 18 encaminhamentos à delegacia.

A Zona Oeste foi a região da cidade com maior número de flagrantes com 34 casos, seguidos pela Zona Sul (30), Zona Norte (28) e Baixada Fluminense (24). Os demais flagrantes foram encontrados em São Gonçalo, Itaboraí e Niterói (19).  Grande parte ocorreu em Musculação (66), seguido de Treinamento Funcional (39) e Educação Física Escolar (15). No ranking das modalidades também tem: CrossFit /Crosstraining (10), Ginástica Localizada (7), Jump (7), Spinning (6). Todos na Região Metropolitana

Segundo a supervisora de Fiscalização do CREF1, Giovanna Pereira, as ações da fiscalização têm por objetivo defender a sociedade e zelar pela qualidade dos serviços profissionais oferecidos, através da habilitação, regulação e fiscalização do exercício.

"Ter a presença do profissional de Educação Física em locais onde se pratica as mais variadas formas de atividade física, como academias, estúdios, clubes, entre outros, além de obrigatória, é fundamental, pois ele irá orientar de forma segura e eficiente a prática de exercícios", diz Giovanna.

A Região Serrana / Centro Fluminense registrou o segundo maior índice de exercício ilegal com 29 casos e três encaminhamentos à delegacia. A Baixada Litorânea, que compreende a Bacia de São João e Região dos Lagos, registrou 12 casos e duas conduções à DP; a Sul Fluminense 9 e dois direcionamentos ao departamento de polícia; e Campos e região (10).

Exercícios contra sedentarismo

A inatividade física representa mundialmente um custo de 54 bilhões de dólares em assistência médica direta. Segundo a OMS, o sedentarismo é responsável por pelo menos 21% dos casos de tumores malignos na mama e no cólon; por 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas e desenvolvimento de hérnia de disco e dores nas costas.  Diante deste cenário, a OMS lançou o "Let"s be active": um plano global para estimular a atividade física, que estabelece como missão, a garantia de que todos tenham acesso a ambientes seguros e a diversas oportunidades para serem fisicamente ativos. A meta é reduzir a prevalência do sedentarismo entre adolescentes e adultos em 10% até 2025 e em 15% até 2030.

O profissional de Educação Física, seja em qual área atue, está diretamente relacionado com a promoção de saúde e aumento da qualidade de vida da população. A profissão que antes sofria com o preconceito e desconhecimento, hoje é um pilar importante para a prevenção dos problemas de saúde da população, salvo os casos de exercício ilegal da profissão e irregularidades em estabelecimentos do estado.

De acordo com o IBGE, a população brasileira em 2018 estima um pouco mais de 208 milhões pessoas. E segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade dessa população brasileira é sedentária. Uma pesquisa feita pela OMS revela que o sedentarismo vem aumentando em todo o mundo e já é responsável pelo quarto maior fator de risco de mortalidade. A ausência de atividades físicas, como causa de morte, só perde para as doenças relacionadas ao aumento da pressão arterial, ao fumo e à glicemia elevada.

Há 20 anos, em 1º de setembro de 1998, foi promulgada a Lei 9.696/98, que regulamentou a Educação Física como profissão, e estabeleceu as normas e parâmetros para a atuação profissional. O ato foi um marco no Brasil - modificou o foco da atividade física, da estética e do modismo - para sinônimo de cultura, vida saudável, desenvolvimento humano e inclusão social. E transformou o ambiente escolar.

Homenagem

Hoje, dia 1º de setembro, das 20h às 21h30min, o Cristo Redentor  ganha as cores da Educação Física, em comemoração aos 20 anos da profissão. O monumento vai ficar iluminado de verde para lembrar a sociedade a importância da prática regular de exercícios físicos. A ação é uma parceria entre o Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro e Espírito Santo (CREF1) e a Arquidiocese do Rio de Janeiro.

 

 

 

 

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