As informações sobre o câncer estão cada vez mais disseminadas. Prevenção, tratamento e controle dos diversos tipos de neoplasia são pautas que assumem o lugar do tabu e ganham destaque em campanhas de conscientização todos os anos. Porém, alguns detalhes fundamentais para o sucesso da quimioterapia passam despercebidos. Pouco se fala sobre a importância do farmacêutico no tratamento oncológico.
Hellen Graziella Jorge, farmacêutica responsável técnica do Centro de Oncologia do Paraná, explica que o protocolo de atendimento interno vai muito além de decifrar receitas e disponibilizar os remédios aos pacientes. Os medicamentos usados durante a quimioterapia devem ser manipulados, ou seja, são compostos personalizados de acordo com o recomendado a cada caso. E para isso ser feito, existem critérios rigorosos para evitar qualquer tipo de contaminação, uma vez que o tratamento antineoplásico pode causar queda da imunidade, deixando os pacientes mais suscetíveis às doenças contagiosas.
“Nosso trabalho é feito dentro do que chamamos de ‘Sala Classificada’, um ambiente com controle microbiológico. Isto é, um local onde temperatura, umidade e pressão são ajustadas a níveis nos quais bactérias, vírus e qualquer outro microrganismo não se desenvolvam”, explica a farmacêutica. A sala fica em local isolado, longe das demais instalações.
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Mas os cuidados não se resumem à prática da manipulação dos remédios. A equipe de farmácia do Centro de Oncologia do Paraná está sempre a postos para ajudar os pacientes que se recuperam em casa e que têm dúvidas sobre a administração medicamentosa. “Nós não nos limitamos ao suporte técnico. Preparamo-nos para atender ao telefone com sensibilidade e disposição para tranquilizar aquele paciente que passa pelo seu momento mais difícil”, conta Hellen.