Welington Pereira Rodrigues é Gum. A razão do apelido ninguém sabe explicar. Mas assim é conhecido e chamado o Capitão Tricolor. A função ele já exerceu outras vezes na ausência do Fred em campo. Aliás, o atacante do Cruzeiro foi inspiração para que pudesse exercer hoje sua liderança diante de um grupo tão jovem.
Aos 32 anos de idade, já está há nove no Fluminense, onde conquistou o Campeonato Brasileiro (2010 e 2012), Taça Guanabara (2012 e 2017), Campeonato Carioca (2012), Primeira Liga (2016) e Taça Rio (2018). Como prêmio pessoal, esteve na seleção do Campeonato Carioca este ano - nada mal, após um longo período de inatividade em função de uma grave lesão. É a volta por cima do Guerreiro, aquele do qual até a torcida duvidou. Porém sua fé inabalável o sustentou no momento mais difícil da carreira e ele esteve feliz, vivendo sua melhor fase até as últimas derrotas consecutivas e a saída do treinador Abel Braga.
E, apesar do momento ruim, de sucessivas perdas dentro e fora de campo, ele só pensa em manter a união do grupo. E trabalhar muito na volta do recesso da Copa para não perder o foco, que, por enquanto, é chegar a parte de cima da tabela do Brasileirão e permanecer na Sul-Americana.
Gum é casado, tem dois filhos, quatro irmãos e a mãe. Seu pai, infelizmente, morreu de forma trágica. História triste que ele conta com exclusividade para o Portal Eu, Rio! O zagueiro também é artilheiro, com 27 gols pelo Fluminense em 382 partidas disputadas. Iniciou a carreira no Marilia, foi emprestado ao Internacional e vendido para Ponte Preta, onde chamou a atenção por sua forte marcação no atacante Ronaldo Fenômeno num jogo contra o Corinthians.
Começa verde, branco e grená a série PERFIL DO CAPITÃO, que trará na sequência os donos das braçadeiras de Flamengo, Vasco e Botafogo. Quanto ao primeiro perfilado, concedeu uma entrevista emocionante e reveladora. Não fugiu a nenhuma pergunta e fez questão de exaltar a supremacia de Deus em sua vida. Vale a leitura!
Apelido:
"O apelido surgiu quando eu era criança. Foi até um primo que colocou. Perguntei a razão do apelido e ele disse que não lembrava mais. Coisa da infância. Não tem um significado exato, mas acabou pegando. E agora mais ainda, porque sou conhecido pelo apelido e não pelo nome".
Welinton Pereira Rodrigues:
"É o meu nome. Mas se alguém chamar Welington, olho bem para ver se é comigo ou não. Algumas pessoas da minha família me chamam de Welington e outras chamam de Gum. Eu não tenho preferência".
Até quando jogar:
"Depende muito da sequência, de onde vou estar jogando, se vai ser no Fluminense, no Brasil ou em outro país? Depende de como vou estar no momento. Hoje me programo para jogar em alto nível até os 35 anos, aproximadamente. E, dependendo de como eu e minha família estivermos, pode ser que eu vá até um pouco mais. Estou com 32 anos agora".
Melhores e piores momentos:
"Apesar das conquistas, que foram incríveis, o melhor momento é agora. Permanecer depois de tanto tempo é especial. A cada jogo que entro em campo, agradeço a Deus pela oportunidade de estar fazendo ou completando mais um jogo vestindo a camisa do Fluminense, pois isso é para poucos. Ter uma história de nove anos no clube me realiza. Tive as lesões, fiquei muito tempo fora e isso é o mais difícil para o atleta, não poder jogar, não poder fazer o seu trabalho dentro de campo".
Tempo lesionado:
"Sou ser humano. O ser humano sente alegria e tristeza, calor e frio. Foi um momento de dor, porque eu queria trabalhar, queria poder estar em campo ajudando meus companheiros e não estava podendo. Mas, confesso que foi o momento que mais me senti amado por Deus. Sua presença me trazia refrigério, paz e esperança. Aquilo ia passar. Fiquei parado alguns meses e, para quem está vivendo o problema, o tempo parece maior. Posso dizer que, de uma forma sobrenatural, Deus me capacitou e surpreendeu! E me senti muito mais amado do que quando estava num momento bom, jogando".
Volta por cima:
"Sim. Mas não foi do nada. Foi uma preparação física, mental e espiritual. Contei com a ajuda da família e dos amigos. Deus é bom o tempo todo. Tiramos o aprendizado justamente dos momentos difíceis. Me senti preparado e grato a Deus pela oportunidade de estar vestindo a camisa do Fluminense novamente. Para quem passa momentos tão difíceis, os momentos simples após a recuperação se tornam preciosos".
Ser capitão:
"Responsabilidade. E pra mim aconteceu naturalmente. Pude aprender com vários capitães que passaram por aqui. Um deles, capitão por muito tempo, foi o Fred. Eu o admirava e pude pegar as coisas boas como aprendizado. Fui pegando os bons exemplos e analisando cada pessoa, e complementei com minha maneira de ser. Capitão é você se doar ao máximo para a equipe, tentar ajudar a todos da melhor maneira possível, estar atento, sempre pensar no coletivo para que tudo possa caminhar bem. É chamar para si a responsabilidade. Poder absorver um pouco a pressão para que outros possam estar mais tranquilos. Já fui capitão algumas vezes antes. Cheguei a ser capitão com o Cuca, com o Levir. Mas não faz diferença pra mim. Independentemente de ser capitão ou não, tento sempre ajudar o grupo. Ainda mais ali atrás, na minha posição, tem que falar muito, cobrar, gesticular. Alertar os companheiros da melhor forma possível com a experiência que adquiri. Tendo a braçadeira de capitão ou não, tenho que exercer esta função na minha posição. Então, isso acaba sendo um detalhe. Mas hoje, pela minha experiência, por ser o mais velho do grupo, acabo tendo que exercer a função para ajudar meus companheiros, que são bem mais jovens. Tenho que realmente tomar a frente, falar, aconselhar, alertar para podermos permanecer num caminho bom e de vitórias. Os treinadores escolhem pelo perfil, experiência e identificação com o clube. Vem da cabeça deles e de como querem que seja conduzida a equipe".
Exposição na mídia:
"Não gosto de aparecer muito, de autopromoção ou divulgação. Prefiro ser mais reservado e não vejo necessidade de me destacar lá fora. Prefiro ser importante aqui dentro. E o time vencendo e conquistando títulos, pra mim, é o que importa. Mas sendo capitão, a visibilidade acaba acontecendo. É algo que preciso lidar bem e manter o equilíbrio".
Grupo unido:
"Não só no Fluminense, mas em qualquer empresa. Para quem está à frente, um diretor ou um capitão, quando tem um bom ambiente, as coisas acontecem com mais naturalidade e calma. Hoje temos um bom ambiente porque nos tornamos amigos. E essa relação foi construída com o Abel, a comissão e todos que trabalham no CT". (NR: a entrevista foi realizada antes do técnico Abel Braga pedir demissão do clube)
Desafio é manter o foco:
"Não existe uma grande dificuldade com o grupo. Mas o maior desafio é conscientizar jogadores muito jovens da necessidade de estarem sempre focados. Que não é porque estão bem e ganhando alguns jogos que podem deixar de trabalhar forte. Pois se não manter os treinamentos e o foco, mais pra frente pode ser que desarrume. E quando desarruma a equipe é difícil de acertar novamente"..
Representante do treinador:
"De certa forma, represento o Abel. O treinador passa orientações e espera que sejam transmitidas dentro de campo. Mas hoje em dia mudou um pouco a função do capitão, porque a responsabilidade é dividida. Todos entendem que tem que participar. Mas é claro que o capitão exerce a liderança e é o homem de confiança dentro de campo".
Relacionamento com os jovens:
"Os meninos são bons, com sonhos de conquistas e oportunidades. Vou aconselhando. Aqueles que estão desanimados porque a oportunidade não vem ou acham que não vai acontecer, tenho que estar sempre olhando. Pois às vezes, até mesmo sem querer, podem se afastar do grupo. Então, quando algum deles tem a sua chance, vem agradecer a força que dei no momento difícil. Faço o que alguns faziam por mim quando eu era mais jovem também".
Rodízio de capitães e orientação em campo:
"Acho bom. Mas tem que ver o perfil do grupo. Se tiver vários jogadores que possam exercer a função, com liderança, vejo como positivo dividir a responsabilidade. Porque na verdade já existe esta linha de pensamento. Eu mesmo, antes de ser capitão do Fluminense, já comandava a equipe lá atrás, porque na minha posição tenho que falar muito e orientar. No futebol, tão importante como treinamento, posicionamento, entrosamento e forma de entrar em campo, é falar e orientar o companheiro. As costas, direita, esquerda, domina! Tem jogos que a gente não leva gol porque alguém orientou sobre o perigo do adversário estar passando sem ser notado. A comunicação em campo é muito importante".
Convivência:
"Estava chegando quando nasceu o time de Guerreiros. Era um grupo com jogadores experientes, mas que não estava passando um bom momento. Eu tinha 23 anos e sempre fui um cara muito de grupo, mas reservado. Quando via que tinha problema, não me aproximava. Até teve desentendimentos entre um e outro que nem fiquei sabendo, só vim saber depois. Eu mesmo nunca tive problema com ninguém naquela época. Mas grupo onde existem grandes jogadores é difícil de lidar, por causa de ego e fama. Em qualquer time, quando há muitas estrelas o relacionamento é mais complicado. Mas quando conquistamos os títulos, de certa forma, os jogadores eram estrelas, porém, mais tranquilos e profissionais, então os problemas não foram tantos. Os profissionais, os treinadores que passaram aqui naquela época, souberam levar bem os grupos. E também, as vitórias sempre dão mais tranquilidade para se trabalhar no meio do futebol. Participei de grupos com grandes jogadores e também de grupos com jogadores não tão conhecidos. Mas em todo esse tempo eu fiquei fora dos problemas (risos). Tive amizade com todos. Uns mais, outros menos. Nunca tive problema com ninguém".
Amizades:
"Amizade de trabalho tive com todos. Várias amizades boas: Anderson, Digão, Herivelto, Marlon. Mas o Fred e o Jean foram amizades diferentes, mais fortes. Hoje o grupo é amigo. A gente brinca e dá risadas, apesar de eu ser um pouco mais sério. Mas de vez em quando dou abertura pra eles brincarem. Faz bem. De todos que falei, o melhor amigo é o Jean, que hoje é jogador do Palmeiras. Nossas esposas são muito próximas, quase irmãs. A gente até brinca que elas foram separadas no berço. Temos relação muito próxima. Até aniversário de casamento comemoramos juntos, porque o meu é primeiro de dezembro e o deles é no mesmo mês. Viajamos várias vezes de férias com a família. Ano passado fomos para Maceió. Fui com 10 familiares, ele foi com 15. Combinamos e ficamos no mesmo Resort. As famílias se conhecem, os pais. Um clima muito legal. Teve inclusive convite para passarmos o recesso da Copa na casa deles, em Campo Grande, mas tínhamos outros planos".
Recesso na Copa:
"Estou nos Estados Unidos passeando um pouco com a família. Eu não queria vir. Mas minha esposa e uma minha irmã que mora comigo queriam. Então, fui voto vencido. Tive que vir. Eu curto porque é prazeroso estar com a família, mas não era minha vontade viajar. Como um bom chefe de família agrado e cuido de todos".
Estádios vazios no Rio:
"Fico triste de ver um estado tão lindo e uma Cidade Maravilhosa, conhecidos mundialmente, passando por tantas dificuldades. E o Campeonato Carioca, tido como o mais charmoso, ter estádios vazios. Vemos que os responsáveis não estão realmente preocupados com o que era bonito no futebol e no próprio Rio de Janeiro. Infelizmente não podemos fazer nada. Quem pode não tem feito. Se faz, ainda é pouco, perto do que precisa ser feito".
Ausência da torcida:
"Difícil explicar. São muitas coisas que vêm acontecendo ao longo do tempo. Primeiramente a insegurança nos estádios, o momento crítico no país, a economia, muitas pessoas desempregadas. Tudo isso vai refletindo. Transporte público ruim. Isso vai afastando as pessoas do lazer. O futebol é um lazer para o torcedor. Brigas nos estádios afastam as famílias. Muitas vezes, os pais não querem levar os filhos para assistir um clássico por medo de violência".
Crença:
"Vivo crendo que Jesus vai voltar para buscar aqueles que o amam. Creio que o mundo está desse jeito porque esqueceram de Deus e do que realmente importa, que é amar. As pessoas estão mais preocupadas com dinheiro, fama e aparência. Querem mostrar algo que não são e não têm. Mas não importa o que pensam de nós, e sim o que Deus vê em nós. Não é o que está por fora e sim o que está por dentro, a intenção do nosso coração. Então, vivo com prazer porque creio em algo maior. Que não existe só esse tempo na Terra, mas a eternidade. E se creio na eternidade, tenho que viver amando as pessoas. E isso reflete no meu trabalho".
Vida de jogador:
"Só sabe o que é a vida de um jogador de futebol profissional quem já foi atleta ou aqueles que trabalham próximo. Só de perto podem ter a noção do que é. Tinha um rapaz que trabalhou comigo que disse não ter noção antes do que era. Quando me acompanhou, viu o quanto era diferente do que ele pensava. Lembro das palavras de um amigo que foi jogador, depois treinador, e agora tem um emprego normal. Se outros profissionais passassem pelo que a gente passa, entenderiam melhor. Imagina o jornalista ser abordado na rua por alguém que não gostou da matéria que ele fez. O padeiro sendo xingado porque queimou o pão. Um médico sendo agredido porque não conseguir salvar o paciente. E o fotógrafo ser sendo odiado porque captou a imagem de outro ângulo. Não poder ir a um restaurante sem ter alguém apontando o dedo na sua cara, dizendo que você não fez bem o seu trabalho. Achar que você não se esforçou o suficiente e falar como se você não tivesse feito nada. Porque no futebol, por mais que você faça bem feito e trabalhe e se esforce, às vezes o resultado não vem, porque tem um adversário do outro lado. Somos cobrados a todo momento, pressionados, julgados. Ficamos expostos a todo tipo de pessoa e intenção. E mesmo fazendo o melhor, às vezes a bola não entra. Vai pra fora, o goleiro defende, bate na trave. A sensação é de que todo esforço não valeu de nada. Por causa de alguns centímetros o seu trabalho não foi reconhecido. Quem joga futebol sabe o preço que é. A gente perde aniversários de vida, de casamento. Muitas vezes não pode comemorar no dia. Tem que comemorar um dia antes ou depois. Tem gente que perde até nascimento do filho. Eu mesmo não pude ir no casamento da minha irmã e era padrinho. Tem um esforço ininterrupto para chegar, se manter e o tempo de duração é curto. As pessoas te veem na televisão achando que sua história no futebol começou ali. Não sabem o quanto foi sofrido lá atrás. O quanto a gente ralou, trabalhou. Quantas escolhas certas precisaram ser feitas para se chegar".
Abordagem nas ruas:
"Algumas pessoas, quando me reconhecem, contam suas histórias tristes. Querem desabafar ou pedir ajuda. Ouço por educação e porque tenho amor ao próximo. E me compadeço também. Quando elas terminam, também conto a minha. Pela história de vida que tenho, teria todos os motivos para ser revoltado. Mas não sou e dou graças a Deus. Por mais que a história de alguém seja muito triste, quando descobre que foi eleita em Deus desde antes da fundação do mundo, sabe que não veio por acaso. Entende que é amada. E quando percebe esse amor, desaparecem os traumas. Independentemente do que aconteça ou qual seja a história. E eu me sinto assim, amado por Deus, mesmo com minha história triste".
História triste:
"Tive uma infância humilde. Meu pai era alcoólatra. E minha mãe, depois de sofrer muito com ele, resolveu se separar. Na época meu irmão mais velho tinha oito anos. Minha irmã, que mora comigo hoje, tinha seis, eu tinha três e a mais nova tinha um ano e pouquinho. Quando ele realmente viu que não ia ter volta, num momento de desespero, deu lugar ao diabo. E o que o diabo faz? Engana as pessoas. Quando as pessoas estão num momento de fragilidade, de desespero, coloca na mente delas que não tem mais solução. Então a pessoa se mata. Essa é a resposta para muitos. Meu pai resolveu se matar e atingir minha mãe através dos filhos. Convidou os quatro filhos para um passeio no domingo de manhã bem cedo. Só o mais velho foi. Eu e minhas irmãs não quisemos ir. No caminho, ele agarrou meu irmão e se jogou na frente de um caminhão. Meu irmão se salvou, mas meu pai morreu. Meu pai quis matar os quatro filhos para minha mãe sofrer. Cresci com essa tristeza no coração, além de sentir falta de um pai. Na minha infância e adolescência ele fez muita falta. Passamos por muitas dificuldades, tantas que nem dá para contar".
Superação:
"Mas hoje, tenho Deus no coração. Sei que Ele me amou e elegeu desde antes da criação do mundo. Tenho paz. Muitas coisas acontecem porque o homem se afasta de Deus. O que aconteceu lá atrás comigo, Deus limpou tudo. E hoje vivo com prazer junto a minha esposa e filhos. Tenho alegria de fazer meu trabalho".
Fé em Deus:
"Fico triste, fico feliz. Tenho momentos bons, momentos difíceis. Tem dias que acordo cansado, tem dia que está chovendo. Sinto frio, sinto dor. Mas há esperança, porque creio em Deus. Sei que Ele nos ama e dá direção. É isso que nos mantém sempre bem".
Fluminense:
"Sinto prazer de estar no Fluminense. Temos uma expectativa boa para a temporada. Começamos o ano levando pancada, mas a equipe melhorou e tem potencial para crescer ainda mais. Só que nós não pensamos lá em dezembro. Pensamos jogo a jogo. Entramos concentrados e a cada jogo estamos melhorando. Queremos pontuar no Brasileiro e classificação na Sul-Americana. Se continuarmos nos preparando, coisas maiores virão. E não tem como pensar no amanhã se não fizermos bem feito hoje".
União:
"O grupo está unido, motivado e concentrado, sabendo que realmente tem que lutar. Trabalho e dedicação. Com sabedoria e liderança, o Abel e a comissão técnica têm nos conduzido bem, unindo os mais jovens com os mais experientes para levar o Fluminense a surpreender a muitos. Esse é o nosso caminho".
Autodefinição:
"Minha definição é amar a Deus sobre todas as coisas, para depois amar os homens. Agradando a Deus, você também agrada aos homens. Amo minha família. Sou um cara muito amigo. Amo os relacionamentos. Dou muito valor à história que tenho no clube. Sou muito grato ao Fluminense. Honro e dou muito valor às amizades que tenho. Amizades sinceras e verdadeiras são difíceis de encontrar. Se eu puder ajudar, vou ajudar. Se não puder, não vou atrapalhar. Gostaria que tivesse mais pessoas como eu".
Conversão:
"Comecei a conhecer Deus com 19 anos. Aos 21 tive um sonho do arrebatamento. Foi muito real. Acordei e pedi a Deus mais uma oportunidade para servi-lo. Depois pedi a Ele a confirmação. Tive outro sonho. Desde que me converti, nunca abandonei meu Senhor Jesus. Nunca deixei de amar a Deus. Nem se eu quisesse, não conseguiria, porque é algo que está dentro de mim. Não tem como ser o mesmo de antes. Foram muitas experiências com Deus. Quando fecho a porta do meu quarto e começo a orar, o Espírito Santo me convence do pecado, do juízo e da justiça. Do pecado, porque muitos não creem. Algumas pessoas crucificaram Jesus no passado e outras crucificam ainda hoje. Da justiça, porque não é o que eu acho ou outra pessoa acha, é o que a bíblia diz. A bíblia diz para não julgarmos ninguém, porque só Deus pode julgar e Ele é justo. Do juízo, porque Cristo irá voltar. Podemos trabalhar e lutar por dias melhores, mas não devemos ficar focados em coisas terrenas".