Logo após enterrar o sargento do BOPE Carlos Lucio Neppel de Araújo, de 41 anos, que morreu em uma operação na manhã de sábado, em Japeri, na Baixada Fluminense, o Comandante da Polícia Militar Coronel Luiz Cláudio Laviano declarou que está orientando suas equipes a serem implacáveis contra criminosos. Indignado com a morte do sargento, ele ressaltou que a integridade física só será garantida para os bandidos que se entregarem:
"Os marginais que optarem por agredir a força policial serão duramente combatidos. Nós não podemos admitir. A ferramenta do policial é a arma de fogo e ele tem que usar. O resultado quem buscou foi o marginal", destaca.
O Comandante lamentou muito a morte do agente do Bope. Ele disse que sente, ao enterrar um colega de corporação, como se enterrasse uma parte do próprio corpo e pediu que a sociedade se solidarize com a categoria. Para ele, a redução do número de policiais mortos ou feridos acontecerá a medida que os equipamentos de proteção prometidos pelo Gabinete de Intervenção sejam disponibilizados e também com instrução contínua da equipe.
O corpo do sargento Carlos Lúcio Neppel de Araújo, de 41 anos, lotado no Batalhão de Operações Especiais (Bope), foi sepultado na tarde deste domingo (2), com honras militares e em clima de revolta e comoção.
O policial do Bope foi atingido com um tiro no peito durante operação na comunidade São Jorge, em Engenheiro Pedreira, no município de Japeri, na Baixada Fluminense. Ele deixou esposa e duas filhas.O sargento estava no Bope desde 2001.
O corpo foi velado na manhã de hoje no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, subúrbio da cidade, onde ocorreu o enterro.
Com a morte do sargento, segundo balanço da Polícia Militar, já chega a 67 o número de policiais militares assassinados no Rio de Janeiro somente este ano. O Disque Denúncia está recebendo informações que levem a identificação dos envolvidos na morte do sargento pelos telefones 22531177 ou 988 4960 99.
O Disque Denúncia lançou a campanha #Basta que tem por objetivo incentivar o recebimento de denúncias relacionadas à execução de policiais. A campanha oferece R$ 5 mil para qualquer denúncia que leve à captura dos responsáveis.