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Antártica X Brasil

Isolamento social melhora qualidade do ar e aumenta risco de contaminação em mares e rios

Momento mundial deixa mais evidente o papel da humanidade na poluição e no futuro do planeta


Fotos da matéria: Divulgação

É difícil imaginar como a Antártica, maior massa de gelo da Terra, pode interferir no clima do Brasil, mas a verdade é que o continente influencia e é influenciado especialmente pelo que acontece na América do Sul, inclusive na Amazônia, causando secas na região e recebendo a poluição gerada ali. A pandemia que estamos vivendo foi um alerta sobre a influência do homem no meio ambiente - estudos, fotos e imagens de satélites mostraram locais com menos poluição um mês depois que todos entraram em isolamento social. A quarentena forçada fez com que as pessoas ficassem trancadas dentro de casa, muitas indústrias pararam e ônibus e carros pararam de circular. Tudo isso ajudou – e muito – na diminuição de quantidade de gases emitidos na atmosfera, incluindo alguns que fazem parte dos gases do chamado efeito estufa.


Quanto maior a quantidade destes gases, mais aquecido fica o Planeta. “Nosso cenário atual mostra que o homem tem um papel fundamental na poluição do Planeta e nas mudanças climáticas. Todas as nossas atitudes influenciam em ambientes próximos e não tão próximos, como a Antártica, por exemplo”, explica a bióloga Francyne Elias-Piera, fundadora do Instituto Gelo na Bagagem, a primeira plataforma de educação e entretenimento antártico com site, canal no Youtube e perfil no Instagram. O Instituto nasceu com a missão de ensinar as pessoas como elas estão integradas ao Planeta e como suas ações interferem no meio ambiente, inclusive no ecossistema antártico. Desde 2010, ele incentiva a formação de novos pesquisadores antárticos no Brasil, México e Chile por meio de palestras e cursos presenciais e online.


Segundo Francyne, os gases do “efeito estufa” esquentam o ar atmosférico que chega na Antártica, causando o derretimento das geleiras e das plataformas de gelo. A fuligem e a poluição também vão parar na Antártica - e o pior é que a fuligem (conhecida como black carbon) é de cor preta, ou seja, quando ela se acumula no gelo, absorve os raios solares e esquenta ainda mais, derretendo cada vez mais a superfície. “Em 2017, um iceberg gigante de quase 6mil km2 se desprendeu da Plataforma de Gelo Larsen, o que é bastante grave. Desta vez, 1 ou até 2 icebergs gigantes podem se desprender do Plataforma de Gelo Brunt, causando uma tragédia de proporções bem maiores”, alerta Francyne.


A preocupação dos estudiosos, também, é que a diminuição repentina da poluição tem data de validade e depois da pandemia ela pode até aumentar se não houver consciência por parte da população mundial. “As pessoas têm dificuldade para entender que o ser humano faz parte do Planeta. Todos acham que podemos destruir, sujar ou poluir e que nada disso nos afetará. Enquanto o ar despoluiu com as pessoas em casa, os mares começaram a ficar cada vez mais poluídos com máscaras e luvas e essa sujeira, além de matar muitos animais marinhos, pode contaminar muitas pessoas que entram em contato com as máscaras descartadas de forma indevida e que chegam nas praias e nos mares”, afirma Francyne.


Sobre o Instituto Gelo na Bagagem

O Instituto Gelo na Bagagem tem o propósito de criar consciência ambiental sobre a Antártica e os oceanos e ajudar as pessoas a darem seus primeiros passos em ações sustentáveis. Criado pela bióloga Dra. Francyne Elias-Piera, é a primeira plataforma de entretenimento antártico que oferece cursos e palestras sobre o tema, além de disponibilizar conteúdos gratuitos no Instagram e no Youtube. Por meio de uma linguagem lúdica e divertida, ela conta em suas palestras pelo mundo como foi sua experiência em cinco expedições à Antártica. Seu trabalho atinge públicos de várias idades, proporcionando entendimento e reflexão sobre o tema e intensificando a adoção de práticas de preservação ambiental.

O objetivo do Instituto Gelo na Bagagem é ensinar que sobre a integração das pessoas ao planeta e mostrar que as ações de todos interferem no meio ambiente e, inclusive, no ecossistema antártico.


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