A vacina contra a covid-19 chegou e trouxe alívio para muita gente. A Ligia é profissional de saúde e trabalha na linha de frente no combate ao coronavírus desde o início da pandemia. Ela já tomou as duas doses da vacina e está muito feliz de poder continuar trabalhando; e, agora, com mais segurança.
Mas, junto com a vacina chegaram também as variantes do vírus. Mutações genéticas do coronavírus da África, do Reino Unido e até mesmo aqui do Brasil trouxeram preocupação.
O dr. Carlos Zárate-Bladés, pesquisador do Centro de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Santa Catarina, explica que é cedo para afirmar que as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são 100% eficazes também para as variantes que surgiram.
Mas, o pesquisador enfatiza que manter e ampliar a imunização da população é essencial para conter a disseminação da doença e diminuir o aparecimento de novas linhagens.
O médico garante que as vacinas em uso no Brasil são de boa qualidade e a população deve, sim, acompanhar o calendário de sua cidade e usar o imunizante quando estiver disponível.
Além da imunização, ele lembra que o distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos continuam sendo armas poderosas para conter o vírus.
Procurada pela nossa reportagem, a Fundação Oswaldo Cruz, responsável pela fabricação da vacina Aztrazeneca/Oxford, afirmou que ainda não tem resultados sobre a eficácia da vacina em relação às novas variantes. A assessoria informou que essas amostras estão sendo analisadas pela Universidade de Oxford.
Já o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, em nota publicada no site, afirma que testes feitos com as variantes inglesa e sul-africana do novo coronavírus já mostraram um bom desempenho das vacinas com vírus inativado, que é a tecnologia usada na vacina do Butantan, e outras análises estão sendo feitas atualmente com a cepa amazônica.