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Boletim epidemiológico mostra melhora do RJ em quase todas as regiões

Eduardo Paes diz que risco alto será mantido.

Por Portal Eu, Rio! em 19/02/2021 às 20:39:15

Paes poderá adotar medidas mais restritivas em áreas com casos ainda em alta. Foto: Ricardo Cassiano/Prefeitura

A Prefeitura do Rio divulgou, nesta sexta-feira (19/02), no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova, a sétima edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19. E, apesar de 27 das 33 regiões administrativas (RAs) terem apresentado melhora nos números de internação e óbitos, o Centro de Operações de Emergências – COE COVID-19 RIO, decidiu agir com cautela diante da constatação de casos das novas variantes do vírus na cidade e vai manter todo o município em risco alto, seguindo assim com as medidas mais restritivas de proteção à vida em todas as regiões.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou que atualmente há uma divisão na cidade. Explicou que as áreas onde o poder econômico dos moradores é menor, os índices despencaram.

"O Rio de Janeiro vai continuar em risco alto, mas é por precaução. Tem setores da nossa cidade, das áreas mais nobres, ainda agindo com enorme irresponsabilidade, achando que a vida é uma festa. Se continuar nessa onda, ali serão impostas medidas mais restritivas a partir da próxima semana", alertou Paes.

O prefeito enfatizou que, com a queda do índice de letalidade e a fila de espera por um leito zerada, o desejo era o de baixar para risco moderado e flexibilizar as medidas restritivas nas regiões mais pobres da cidade, que demostraram maior responsabilidade na prevenção à doença. Mas que, diante do surgimento de casos da nova cepa da Covid no Rio, optou pela cautela.

"Sempre que pedimos para segurar a onda é porque as pessoas precisam ter consciência. Não estamos proibindo ninguém de ir a restaurante, usar os espaços de lazer, não impusemos toque de recolher, lockdown, estão todos com seu direito de ir e vir franqueado. Mas é inaceitável que a gente tenha áreas da cidade em que as pessoas acham que é assim mesmo. O risco não é pra você que está indo para aglomeração, o risco é quando você chega em casa, tem uma pessoa mais velha e transmite essa nova cepa. Não seremos babá de gente saudável e irresponsável, mas vamos agir com muito rigor", frisou o prefeito do Rio.

Com exceção das RAs V (Copacabana), VI (Lagoa), VIII (Tijuca), IX (Vila Isabel), XXIV (Barra da Tijuca) e XXVII (Rocinha), todas as demais regiões da cidade já teriam condições de passar para a faixa moderada. No entanto, com a mudança no cenário após a identificação de um caso da variante B.1.1.7 (britânica) e três da P1 (originária em Manaus/AM), esta última com maior potencial de transmissão, torna-se necessário reforçar os cuidados e as medidas de prevenção. A Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações para a ampliação da rede hospitalar, garantindo que a fila por leitos permaneça zerada.

"A gente já tem a circulação do vírus na cidade, da cepa P1. Ainda não tem estudo sólido que comprove uma maior gravidade ou transmissibilidade. Na dúvida, para não correr riscos, vamos manter as medidas restritivas e o risco alto. Qualquer tipo de alteração nos números, se a gente não conseguir reduzi-los vai precisar aumentar as medidas restritivas em bairros da Zona Sul e na Barra", disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

O boletim epidemiológico mostrou que o Rio registrou, desde o início da pandemia, 204.163 casos de Covid-19, com uma taxa de incidência acumulada de 3.064,9/100 mil habitantes. O total de óbitos desde 2020 é de 18.295. A letalidade está em 9% e a mortalidade, em 274,6/100 mil habitantes. Somente em 2021, são 13.689 casos registrados, sendo 2.312 graves, com 774 óbitos. A taxa de incidência deste ano é de 205,5/100 mil habitantes, com 5,7% de letalidade e mortalidade de 11,6/100 mil habitantes.



Tags:   covid-19
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