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Empoderamento feminino e negro: Flávia Souza lança música sobre a força da mulher

Nova canção, 'Afrontosa' estará nas mais importantes plataformas digitais nesta terça (21)

Por Portal Eu, Rio! em 21/02/2021 às 09:00:00

Flavia Souza. Foto: Divulgação

Mulher negra, multiartista e empoderada. Essas são algumas das muitas características de Flávia Souza, que lançará, nesta terça-feira (23), sua nova música, "Afrontosa”, nas mais importantes plataformas, como Spotify, Deezer, Amazon Music e Apple Music, além do Youtube (https://cutt.ly/mkk9ha7).

A ideia de compor a canção surgiu durante a pandemia, diante da diminuição das atividades culturais de forma presente. “Nós, mulheres, sempre sofremos. Quando somos mulheres negras, sofremos mais. Temos medo pela nossa família, pelos nossos amigos, por outras mulheres. A música tenta trazer essa reflexão de autoestima e empoderamento: eu quero ser e posso ser o que eu quiser sem as pessoas ficarem questionando”, revela Flavia. “Afrontosa é querer ter paz, ter a nossa saúde mental saudável, sem ter que provar que é forte o tempo todo”, diz.

A necessidade de precisar se impor o tempo todo também foi uma das razões que levaram a artista a compor a música, em ritmo de dancehall pop – com toques de jongo, pois ela só quer paz e a certeza de ir e vir. Segundo ela, a Afrontosa chega a ser um grito de liberdade. “Ela fala muito da minha personalidade, da minha opinião, de como eu me vejo no mundo. A sociedade nos coloca na posição de precisar militar o tempo todo, isso nos desumaniza e aprisiona. Então, eu quero falar sobre isso: ser livre e não precisar me impor para ninguém. Estamos cansadas de ver pessoas morrendo sufocadas, seja pelo vírus ou asfixiadas por policiais. Chega dessa violência contra a gente!”, afirma.


Foto: Divulgação

Quem é Flavia Souza

Flavia Souza é uma atriz, cantora, escritora e corégrafa atuante na cena Hip Hop desde 1997. Durante sua trajetória, a carioca integrou o grupo Negros por Excelência, com quem fez várias turnês, abrindo shows de Racionais MC’s e RZO. Em 1998, Flavia fundou o Negresoul, grupo de rappers feminino vencedor de diversos prêmios, coletâneas de CD e músicas que foram tema de filme, entre eles “Alguém falou de racismo” (2002). Tem passagem pela Cia dos Comuns, fez o espetáculo “As Festas da Tia Ciata” e o musical sobre a vida de Dona Ivone Lara. Sempre escrevendo músicas relacionada às questões raciais, sobre violência doméstica, empoderamento negro e feminino, suas influências são o soul, R&B, jongo, maracatu, afrobeat e trap. Ela também faz parte da diretoria da Frente Nacional Mulheres no Hip Hop, que busca a inserção de mulheres nesse cenário musical.


Foto: Divulgação

A artista é diretora da Associação Cultural Afrolaje, fundada em 2012, no Engenho de Dentro, região do Grande Méier, no Rio de Janeiro. O projeto surgiu na laje da casa de Flavia, como uma releitura da ressignificação da laje das casas de comunidades carentes do Rio de Janeiro, lugar reconhecido como um espaço de encontro de guetos e foco de resistência cultural. Através do Jongo, capoeira angola e outras manifestações de patrimônio imaterial do Brasil, o Afrolaje reúne apresentações pelo Theatro Municipal do Rio, Teatro Carlos Gomes, Circo Voador, Engenhão, Festival Madalenas em Berlim, turnê pela Itália, cerimônia no consulado da Angola, participação nas Olimpíadas 2016 e diversos shows, oficinas e cerimoniais pelo Brasil e exterior. Também recebeu prêmios como o Fazedores do Bem, em 2017, pelo recorde de inserções em mais de 300 escolas e Menção Honrosa Ubuntu, no Teatro Carlos Gomes, em 2020.


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