De acordo com o Relatório de Comércio Exterior emitido pela Comex Stat, o volume acumulado em 2020 de exportação de queijos e coalhadas no Brasil cresceu mais de 20%, totalizando mais de 4 mil toneladas. Já os produtos como creme de leite, leite e outros laticínios aumentaram 26,6%, somando 26 mil toneladas. Os países que mais importam produtos lácteos são Estados Unidos, Venezuela, Chile, Paraguai, Filipinas e Emirados Árabes Unidos. Juntos, eles receberam 56,7% do total de leite, creme de leite e laticínios (exceto manteiga e queijo).
Algo em comum que estes países prezam na hora de selecionar o produto que irão importar é a rastreabilidade e o blockchain, uma integralização de sistemas que facilita a visualização de certificadores, ministérios, câmaras de comércio, entre outros. O objetivo é agilizar o processo de documentação e proporcionar mais credibilidade às certificações e rastreabilidade de toda a cadeia produtiva.
Além da parte burocrática, outro ponto relevante é o bem-estar animal. “Proporcionar o bem-estar animal, neste caso ao gado leiteiro, não é uma opção e, sim, sinônimo de manter o negócio. O mundo busca por alimentos mais seguros e que ofereçam mais qualidade em toda a cadeia produtiva”, afirma o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.
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Mercado Muçulmano
Alguns, como por exemplo os Emirados Árabes Unidos e a Filipinas, que possuem uma população de muçulmanos relevante, além de avaliar essas questões também precisam se atentar ao selo halal, um certificado que atesta que os produtos são permitidos para consumo da população muçulmana. “A certificação halal é considerada um selo de qualidade não só para a comunidade muçulmana e sim para todo o mundo. Todo o processo de certificação halal é rastreado e garante a segurança alimentar”, ressalta.
Atualmente, há 1,8 bilhão de muçulmanos no mundo e a previsão é chegar a 3 bilhões até 2030. Dentre os países que mais possuem muçulmanos estão Indonésia, Malásia, Paquistão, Índia, Egito e Turquia , entre outros localizados no continente asiático. Mas a população tem se expandido e ficado cada vez mais comum em países como Canadá, Congo, Bélgica, Guiné-Bissau, Togo e Holanda.