Após ato de violência contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), seus concorrentes postaram mensagens de apoio ao candidato nas redes sociais. O Presidente Michel Temer (MDB), que estava em uma cerimônia na tarde desta quinta-feira (06) no Palácio do Planalto, em discurso, disse ser "intolerável a intolerância" e fez votos positivos: "se Deus quiser, o candidato Bolsonaro passará bem e tenho certeza que não haverá nada de mais grave".
Temer destacou que o fato foi um episódio lamentável à democracia, dizendo ainda ser intolerável que, num estado democrático de direito, um candidato não possa ter uma campanha tranquila para apresentar seus projetos. "Ninguém vota em candidato, votar em candidato é um grande equívoco, é coisa de cultura atrasada. Você tem que votar em projetos e, para apresentar projetos, o candidato precisa circular pelo país", disse Temer que concluiu desejando que a ocorrência "sirva de exemplo para que as pessoas que estão fazendo campanha percebam que a tolerância é uma derivação da própria democracia".
O candidato Ciro Gomes (PDT), em uma primeira postagem no Twitter, repudiou a violência como linguagem política e exigiu que as autoridades identifiquem e punam "O ou OS responsáveis pela barbárie". Numa segunda postagem, informou cancelamento de agenda: "Cancelei minhas atividades de campanha em Natal (RN) nesta quinta-feira devido ao atentado contra o deputado Jair Bolsonaro. Desejo que ele se recupere, possa superar este momento e prontamente volte ao debate brasileiro".
Marina Silva (Rede) quer que o atentado seja investigado e punido com todo o rigor, alertando ser "preciso zelar pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso país". Para a candidata "a violência contra o candidato Jair Bolsonaro é inadmissível e configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia".
Além de repudiar o ato de violência, o presidenciável Cabo Daciolo (Patriota), espiritualizou o seu discurso "nossa guerra não é contra homens, mas contra principados e potestades. Vamos ficar todos em oração!". Guilherme Boulos (PSOL) disse que o partido repudia qualquer ação de ódio, cobrou investigação sobre o fato e disse que a "a violência não pode tomar o lugar do debate político".
Henrique Meirelles, presidenciável pelo MDB, desejou a paz e o equilíbrio para a nação brasileira: "Desejo pronta recuperação a Jair Bolsonaro. Lamento todo e qualquer tipo de violência. O Brasil precisa encontrar o equilíbrio e o caminho da paz. Temos que ter serenidade para apaziguar a divisão entre os brasileiros".
OAB também se manifesta e Polícia Federal assume as rédeas da investigação
Em uma nota assinada pelo presidente nacional Cláudio Lamachia, a Ordem dos Advogados do Brasil manifestou o repúdio. Leia na íntegra:
"A Ordem dos Advogados do Brasil manifesta repúdio ao ato de violência praticado contra o candidato Jair Bolsonaro. A democracia não comporta esse tipo de situação.
A realização das eleições em ambiente saudável depende da serenidade das instituições e militantes políticos. O processo eleitoral não pode ser usado para enfraquecer a democracia.
Neste momento, cabe a reflexão a respeito do momento marcado por extremismos, por discursos de ódio e apologia à violência. Tudo isso apenas estimula mais violência, numa situação que prejudica a todos.
A OAB acompanha atenta o desdobramento desse fato. É preciso que todas as forças políticas possam participar do pleito e que os eleitores tenham assegurado o direito à livre escolha."
A Polícia Federal informou que, ao ser atingido por uma faca, Jair Bolsonaro contava com escolta de agentes da instituição. "O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município (Juiz de Fora/MG). Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato", diz a nota da PF.