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Síndrome de Down: aumento da expectativa de vida é motivo para comemorar

IBGE revela que cresceu a expectativa de vida de pessoas com a alteração genética: 76 anos

Por Portal Eu, Rio! em 18/03/2021 às 09:00:00

Foto: Agência Brasil

Neste domingo (21) é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, de acordo com o calendário da Organização das Nações Unidas (ONU). Dia importante para que a população possa refletir e se conscientizar dos direitos dessas pessoas e celebrar vitórias, como o aumento da expectativa de vida para 76 anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No passado, as pessoas que nasciam com a alteração genética viviam até os 20 anos, em média, sendo a cardiopatia uma das principais causas da morte precoce, que é uma disfunção no coração que acomete até 60% dos nascidos com Síndrome de Down.

Cuidados com a saúde e desenvolvimento cognitivo são essenciais para esse crescimento estatístico. A Fundação Dona Paulina de Souza Queiroz oferece atividades a pessoas com deficiência intelectual em fase de envelhecimento – que começa precocemente – a partir dos 20 anos.

No espaço, atividades como trabalho, lazer, esporte e cultura são utilizadas como ferramenta de desenvolvimento pessoal, intelectual e humano das pessoas com DI. Isso faz com que elas tenham cada vez mais suas expectativas de vida melhoradas.

A entidade foi oficialmente inaugurada em 19 de julho de 1939, atendendo 20 crianças com algum tipo de deficiência intelectual por benemérito de Dona Paulina de Souza Queiroz. Ao morrer, ela determinou em testamento que sua fazenda na região atual dos Jardins, fosse transformada em uma instituição para pessoas com deficiência intelectual, chamados à época de "débeis mentais".

Ainda por determinação de Paulina, nada de sua mansão foi retirado e até mesmo sua pianola ficou no local para atividades dos atendidos. Pianola, inclusive, que ainda se encontra na atual sede da Fundação, juntamente com outros objetos pessoais, e hoje, históricos, de Dona Paulina.

Após desapropriação do local, para modernização da cidade, a Fundação passou por alguns locais e ficou até mesmo um bom tempo fechada (40 anos). Mas nesse ano, ela volta a funcionar em um outro endereço também pertencente à Família Souza Queiroz, na região do Campo Belo, com uma equipe multidisciplinar.

O local tem capacidade para atender até 140 pessoas com deficiência intelectual e TEA (Transtorno do Espectro Autista), que estão entrando em processo de envelhecimento. Atividades cognitivas, pedagógicas e de lazer serão oferecidas a fim de promover a essas pessoas melhora na qualidade de vida e fortalecimento de autonomia.



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