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Rio e Niterói proíbem comércio e atividades não essenciais a partir de sexta (26)

Também serão fechadas escolas, creches e universidades nos dois municípios

Por Portal Eu, Rio! em 22/03/2021 às 20:02:12

Axel Grael, Prefeito de Niterói, e Eduardo Paes, Prefeito do Rio (ambos ao centro), anunciam as novas medidas restritivas. Foto: Divulgação

Os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), e de Niterói, Axel Grael (PDT), fizeram na tarde de segunda (22) um anúncio conjunto de novas medidas restritivas para conter o crescente número de casos de covid-19 na região metropolitana.

Nas duas cidades, o comércio e as demais atividades não essenciais — entre elas, atendimento presencial em bares e restaurantes— serão proibidos de funcionar a partir desta sexta-feira (26) até o dia 4 de abril, quando as medidas serão reavaliadas. Também serão fechadas escolas, creches e universidades.


Foto: Agência Brasil

As medidas foram debatidas na manhã de segunda em reunião conjunta dos comitês científicos das duas cidades.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre as medidas restritivas da circulação de pessoas, para tentar conter o crescimento do contágio da Covid-19.

Proibidos:

  • Todo o comércio e serviços não essenciais
  • Escolas, creches e universidades
  • Salões de bares, restaurantes e quiosques na orla
  • Academias de ginástica
  • Boates, casas de festas, museus, galerias e equipamentos culturais
  • Salões de cabeleireiro, espaços de estética e similares
  • Realização de eventos esportivos, como jogos do Campeonato Carioca
  • Segue proibido o banho de mar e a permanência na faixa de areia, sendo permitida apenas a prática de esportes individuais nas praias

Permitidos:

  • Comércio de alimentos e bebidas
  • Farmácias
  • Clínicas veterinárias e pet shops
  • Unidades de saúde e consultórios médicos
  • Feiras livres
  • Bancos, loterias e instituições financeiras
  • Lojas de materiais de construção
  • Serviços de entrega, drive thru e retirada em bares e restaurantes
  • Bancas de jornal, vedada a comercialização de bebidas alcoólicas
  • Templos religiosos (com restrições que ainda serão anunciadas)
  • Shopping centers poderão abrir, mas com funcionamento somente de estabelecimentos de serviços essenciais

Questionados sobre a manutenção da abertura de templos com restrições, Eduardo Paes e Axel Grael demonstraram constrangimento. "Não vamos fechar as igrejas. Vamos estabelecer um limite e permitir que elas funcionem", afirmou Paes, vendo em seguida Grael repetir o discurso.



Paes nega risco de guerra judicial

Após o governador em exercício do Rio, Claudio Castro (PSC), afirmar que irá à Justiça contra medidas de fechamento do comércio, bares e restaurantes adotadas pelas prefeituras de Rio de Janeiro e Niterói, Paes procurou contemporizar e disse não acreditar na possibilidade de uma guerra de liminares.

"Eu tenho certeza que o governador vai pensar melhor e não vai entrar na Justiça, não. Tenho a convicção e a esperança de que ele vai ajudar na comunicação de medidas. Afinal de contas, todos nós queremos ajudar a salvar vidas", ponderou.

Apesar disso, Paes reiterou que as prefeituras têm autonomia para adotar medidas contra a pandemia dentro de suas atribuições —esse entendimento foi ressaltado em decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), no ano passado.

"Na cidade do Rio de Janeiro, valerão as regras da prefeitura Rio de Janeiro no que é sua atribuição", completou.

Os prefeitos do Rio e de Niterói articularam o gesto conjunto após demonstrarem insatisfação com a postura de Castro em relação à pandemia.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Castro anunciou a decretação de um megaferiado de dez dias no estado, mas se negou a apoiar o fechamento de atividades econômicas —os bolsonaristas têm feito campanhas contra medidas de isolamento, como o lockdown. O decreto do governo do Rio com medidas para o estado deve ser publicado até amanhã (23).

Após Castro dizer à TV Globo que iria à Justiça contra medidas mais restritivas decretadas por prefeitos, Paes usou seu perfil no Twitter para provocá-lo: chamou o feriadão de "Castrofolia, a micareta do governador".

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