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Rio enfrenta maior número de internações desde o início da pandemia de Covid-19

Ocupação em hospitais por conta da doença aumentou de 30 para até 170 novos pacientes por dia, e alta exige medidas restritivas da circulação para deter contágio

Por Portal Eu, Rio! em 26/03/2021 às 15:46:03

O prefeito Eduardo Paes lembrou que foram abertos mais de 350 leitos novos desde janeiro, mas que existe um teto e a Prefeitura já está quase em sua capacidade máxima de atendimento Foto Ascom Prefeit

O município do Rio totalizou, desde o início da pandemia, 221.340 casos de Covid-19, com 19.926 mortes. No ano passado, a taxa de incidência da doença foi de 2.884,3 por 100 mil habitantes, com letalidade de 9,3% e taxa de mortalidade de 268,2/100 mil. Já em 2021, a incidência está em 438,5/100 mil, a letalidade em 7% e a mortalidade, em 30,9/100 mil. O boletim foi elaborado pelo Centro de Operações de Emergências (COE Covid-19 Rio), que monitora o panorama epidemiológico da cidade.

Na última semana, houve mais 129 casos das novas variantes do vírus, 123 deles em moradores do município. No total, já são 183 casos na capital, sendo 38 originários de outras regiões do país que vieram para internação em hospitais federais e 145 de moradores da cidade. Dos residentes, são 137 casos da variante brasileira (P.1) e sete da britânica (B.1.1.7); 16 pacientes morreram, três seguem internados e os demais já estão recuperados. Os atendimentos a pacientes com síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas unidades de urgência e emergência também continuam em crescimento.

Os dados constam da 12ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, que revelou a tendência de alta nas médias móveis de casos confirmados e de óbitos causados pela doença. O prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, divulgaram o boletim, nesta sexta-feira (26/03), no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova. Para conter a circulação do coronavírus e suas novas variantes na cidade, entraram em vigor nesta sexta as medidas restritivas emergenciais instituídas pelo decreto nº 48.644, que terão duração de 10 dias, até 4 de abril.

Paes ressaltou que a Prefeitura criou uma série de ações para auxiliar tanto as pessoas mais vulneráveis quanto os setores da economia que vão sofrer com a paralisação de suas atividades nestes 10 dias. E deu um recado direto à população.

– Criamos um conjunto de condições facilitadoras para que você não se desloque, possa permanecer em casa. Se você seguir esta regra, a gente vai diminuir o número de pessoas que podem se contaminar nos próximos 10 dias. Estamos em um momento de maior número de internações desde o início da pandemia, maior número do que o ano passado – disse Paes.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre a alta de casos de Covid-19 no Rio e o esforço para ampliar a oferta de leitos na capital fluminense.

O prefeito lembrou que foram abertos mais de 350 leitos novos desde janeiro, mas que existe um teto e a Prefeitura já está quase em sua capacidade máxima de atendimento. O secretário Daniel Soranz reforçou que a população precisa se conscientizar sobre a importância de evitar a circulação nas ruas sem necessidade.

– Não é o momento de receber pessoas e amigos em casa. Só para lembrar, a gente tinha 30/40 internações por dia e (esse número) subiu para mais de 150 por dia, chegando ao pico de 170. Cresceu de maneira muito rápida, como aconteceu em São Paulo e Minas. Nós temos 663 pessoas internadas em um leito de UTI. São pessoas que tiveram Covid da forma mais grave. A mortalidade em um leito de UTI é, no mínimo, de 40%. É muito alta. Então, temos que prestar atenção, porque significa que muitas pessoas estão adoecendo de forma grave. Talvez esse seja o ponto mais preocupante – afirmou Soranz.

No esforço para o combate à pandemia, desde o início do ano, 363 novos leitos de referência para Covid-19 foram abertos na rede SUS no município do Rio, sendo 153 somente no mês de março nos hospitais municipais Evandro Freire, Ronaldo Gazolla e Albert Schweitzer (este na última semana, com 10 leitos), no CER Leblon e no Hospital São Francisco da Providência, que é particular. Seguem as iniciativas para a abertura de novos leitos, com previsão para unidades federais e pela Secretaria de Estado de Saúde.

No momento, a rede SUS conta com 705 leitos operacionais de UTI dedicados à doença, o maior número desde o início da pandemia, há um ano, o que resultou também nos maiores números de pacientes internados. A capacidade instalada da rede atualmente é de 826 leitos de UTI, o que significa que ainda há leitos de terapia intensiva possíveis de serem abertos.

O prefeito Eduardo Paes fez um alerta dramático sobre o potencial de aumento de mortes com o agravamento dos infectados. O prefeito acredita que a abertura de leitos nos hospitais federais, prevista para a semana que vem, pode aliviar a demanda de vagas na cidade e no estado.

Nesta quinta-feira, o governador em exercício, Claudio Castro, anunciou que 700 leitos devem ser reativados em unidades da rede federal, na capital fluminense, após tratativas com o Ministério da Saúde. Sobre o esforço para imunizar a população, Paes afirmou que vai solicitar ao Ministro da Defesa o auxílio das Forças Armadas. O prefeito destacou que se o ritmo for mantido, a vacinação pode atingir a todos os maiores de 60 anos até o final do mês de abril. Até o momento, 8,6% da população do município recebeu a primeira dose.


Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Prefeitura do Rio e RadioAgência Nacional

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