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Operação 'Rainha de Copas' mira herdeira de traficante morto após delação

Ação sequestrou R$ 7,3 milhões em contas bancárias e apreendeu bens materiais e contratos

Por Portal Eu, Rio! em 14/04/2021 às 17:04:51

Herdeira do tráfico (à esquerda) morava em Balneário Camboriú/SC. Foto: Divulgação

Policiais civis cumpriram nesta quarta-feira (14) nove mandados de busca e apreensão contra suspeitos de lavagem de dinheiro de uma das principais facções envolvidas com tráfico de drogas no Rio de Janeiro.

O grupo atua principalmente na comunidade de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, os alvos da investigação “ostentam em redes sociais uma vida luxuosa, residindo em mansões em condomínios de alto padrão, publicando fotos com lanchas, jet ski, motos, carro conversível e viagens internacionais".

Mandados foram cumpridos em vários bairros da cidade do Rio, além de Mangaratiba no sul fluminense, e nas cidades catarinenses de Florianópolis e Balneário Camboriú.


Foto: Divulgação Polícia Civil

Apreensões

Documentos, carros de luxo e celulares foram apreendidos em imóveis alugados em Florianópolis e Balneário Camboriú. A ação combateu ex-aliados do traficante Léo do Aço, assassinado em 2019, dois anos após fechar um acordo de delação.

Suspeita de gerenciar o espólio de Léo do Aço, uma mulher de 35 anos apontada como 'herdeira do tráfico' foi alvo da operação em Jurerê Internacional nesta manhã. No local, foram apreendidos dois carros, documentos, celulares e contratos. Segundo a Polícia Civil, ela e outros supostos responsáveis pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas da maior organização criminosa do Rio de Janeiro levam uma vida de luxo em Santa Catarina, com lanchas, mansões, carros conversíveis e viagens.

Além da casa alugada em que mora no bairro nobre da Capital, a mulher também tem à disposição um triplex em Balneário Camboriú, no Litoral Norte do estado. Segundo o delegado Gabriel Poiava, com os mandados, a polícia espera reunir documentos que expliquem a atividade financeira do grupo.

Durante as diligências nos dois imóveis alugados nas cidades catarinenses, os agentes encontraram contratos dos imóveis e outros documentos. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também reuniu dados de contas bancárias de alguns dos investigados.

Além dos dois endereços em Santa Catarina, a Operação Rainha de Copas cumpre outros mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A operação ocorre na Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande, Vila da Penha, São Conrado e Mangaratiba.

No total, a Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o sequestro de cerca de R$ 7,3 milhões em contas bancárias, além de apreensões de bens.


Foto: Divulgação Polícia Civil

Empresa de fachada

Segundo o delegado Poiava, a polícia chegou até a mulher após descobrir movimentações milionárias nas contas dela e de seu ex-marido, ex-PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ele está preso, mas também movimentava dinheiro em contas.

O atual marido da mulher é investigado e foi alvo da Polícia Civil em Santa Catarina. Ele também é policial militar no estado do Rio de Janeiro e está licenciado.

"Ela abriu algumas empresas que a gente acredita que sejam empresas de fachada para com o objetivo de realmente lavar o tráfico de drogas e parte desse dinheiro é utilizado para ostentar a vida de luxo", disse o delegado.

Nas investigações, os agentes encontraram empresas suspostamente de fachada em nome da mulher. Entre os estabelecimentos está uma empresa de material descartável, que movimentou R$ 2,5 milhões nos últimos três anos.

Segundo a polícia, os integrantes da organização criminosa são responsáveis por movimentar aproximadamente R$ 15 milhões nos últimos anos em suas contas bancárias.

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