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Praia de Copacabana recebe 11ª edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

Evento terá a presença do Padre Fábio de Mello e do Pastor Kléber Lucas

Por Gabriel Gontijo em 15/09/2018 às 14:19:30

Pastor Kléber Lucas e Padre Fábio de Mello (Foto: Reprodução/Facebook)

Acontece neste domingo (16), de 11 às 18 horas, a 11ª Caminhada em Defesa da LiberdadeReligiosa na orla da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Vários representantes de diferentes religiosas confirmaram presença, como os Padres Marcos Miranda e Fábio de Mello, o Pastor Kléber Lucas, os Ogãns kotoquinho e Bambala, além do Babalawô Ivanir do Santos, um dos líderes do movimento.

A Comissão, que tem em seu cerne diversos adeptosreligiosos, deverá reunir mais de 200 mil pessoas, em prol da pluralidades, humanidades e liberdadereligiosa, dentre representantes do candomblé, umbanda, bases evangélicas, católicos, budistas, muçulmanos, judeus, wiccanos, hare krishnas, ciganos, mórmons e outros segmentos. Representantes de outras regiões também marcam presença, oriundos da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Amazonas.

Nos últimos dez anos, a CCIR em parceria com o CEAP, vem chamando a atenção da sociedade e das autoridades públicas para o perigo da construção de um estado teocrático em um país constitucionalmente laico como o Brasil.Para Ivanir, que também é doutor em História pela UFRJ, a intolerência só pode ser combatida com o diálogo que visa a união

"A intolerânciareligiosaé uma verdadeira ameaça ao estado democrático de direito, por isso, precisamos continuar caminhando e dialogando para que juntos possamos construir um estado em que todas as diferenças possam ser o ponto de união e jamais de separação e discriminação", afirmou Ivanir.

Ele relembrou que caminhada desse ano acontece próximo das eleições pela sexta vez. Na opinião do religioso, os atuais retrocessos políticos e sociais são as maiores ameaças ao estado laido e a liberdade religiosa.

A caminhada aconteceu pela primeira vez em 21 de setembro de 2008, após traficantes de drogas, que se diziam evangélicos, da Ilha do Governador, da Zona Norte do Rio, expulsarem integrantes de matriz africana de suas casas. Á época foi organizado um protesto nas escadarias da Assembléia Legislativa com o intuito de chamar a atenção das autoridades públicas para os casos de cerceamentos das liberdades. Desde então, o número de participantes do evento cresceu. Se na primeira edição foram cerca de 30 mil participantes, o ano passado esse número chegou a 100 mil.

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