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Constipação intestinal: saiba os mitos por trás desse desconforto

Mulheres são mais afetadas pelo sintoma indesejável, segundo proctologista

Por Portal Eu, Rio! em 29/04/2021 às 07:01:26

Na constipação, a preocupação não é somente com o tempo, mas, sim, com a qualidade da evacuação. Foto: Divulgação

Muitas pessoas pensam que não evacuar, diariamente, é sinal de prisão de ventre. Mas, isso é um mito. Se o intestino funcionar uma vez a cada três dias, ou mesmo três vezes ao dia, tudo está normal. “Na constipação, a preocupação não é somente com o tempo, mas, sim, com a qualidade da evacuação. É importante saber a consistência das fezes, se tem dor ou sangramento e a sensação de evacuação completa”, explica a proctologista Alline Simões, formada em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). A constipação intestinal ou prisão de ventre é considerada uma queixa bastante comum nos consultórios e que afeta cerca de 16% da população em todo o mundo.

Segundo Alline, as mulheres são as mais acometidas pelo problema, devido a alterações hormonais e aos eventos na vida, como a gestação, por exemplo. E quais são as causas que levam à constipação intestinal? “Cerca de 95% dos pacientes que vêm ao meu consultório apresentam erro alimentar, e, dificilmente, tem uma doença anatômica intestinal que não tenha sido descoberta na infância e possa ter levado a esse quadro de constipação”, diz a proctologista. Para evitar esse sintoma indesejável, um adulto normal, sem nenhum problema de saúde, deve ingerir 2 litros de água e seis porções de fibras por dia. “O intestino também se movimenta mais lentamente pela falta de atividade física, por isso, a importância de um exercício aeróbico, três vezes na semana”, completa a especialista.


Proctologista Alline Simões. Foto: Divulgação

A correção do hábito alimentar favorece muito a correção do hábito intestinal. Por isso, a importância da consulta ao proctologista, que vai levantar os dados da história clínica do paciente, seus hábitos de vida e antecedentes pessoais e familiares, e ainda fará exame físico e proctológico. Exames complementares podem ser solicitados, não só para conhecer o estado geral de saúde, mas também para detectar alguma doença relacionada à queixa do paciente. Com o diagnóstico, são indicados os tratamentos, que, na maioria das vezes, consistem em mudar os hábitos de vida. “Os pacientes são orientados sobre uma dieta, hidratação e atividade física, bem como dicas para estabelecer uma nova rotina evacuatória, com o uso de medicamentos e fibra, que também podem ser úteis e poderão ser de uso contínuo, no lugar dos laxantes irritantes, exatamente o que muitos usam em primeiro lugar na automedicação. Porém, muito potentes, têm efeito imediato, e deixam o intestino preguiçoso, se usados por longo período. Por isso, a importância de se fazer uma consulta para se fazer uma reeducação alimentar, se necessário, indicar o uso de medicação, mas tudo com o intuito da pessoa, no futuro, conseguir ter um habito intestinal saudável e fisiológico, sem auxílio de medicamento”, comenta Alline.


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