O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil indiciaram o vereador Dr. Jairinho, acusado de homicídio no caso do menino Henri Borel, por tortura a uma outra vítima. A filha de uma ex-namorada. o inquérito foi concluído nesta sexta-feira (30).
A polícia também investiga outro caso de agressão a um menino de três anos, também filho de uma mulher com quem ele manteve relacionamento no passado.
Em entrevista coletiva, o resultado das investigações foram apresentados pelos delegados Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), e Adriano Marcelo França, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), e pela promotora do caso, Elisa Fraga.
De acordo com o delegado Felipe Curi, os casos reforçam a definição do perfil de violência do vereador Dr. Jairinho contra os filhos das pessoas com quem ele mantinha um relacionamento amoroso.
“Isso ficou comprovado na investigação que foi concluída e na que está em andamento”, disse.
Dr. Jairinho é investigado em três casos de agressão a criança, entre elas, a do menino Henry Borel, que morreu.
O delegado Felipe Curi disse ainda que a ex-namorada de Jairinho se sentiu encorajada após ver as denúncias contra ele no caso Henri Borel. O medo fez com que ela não o acusasse. Ela não foi indiciada.
Em um dos três casos investigados, um menino que na época tinha três anos teria sido agredido pelo vereador. o garoto também é filho de uma ex-namorada de Jairinho. As agressões ocorreram entre 2010 e 2013. A polícia também reuniu provas documentais que derrubam as alegações do vereador. Em sua defesa, ele alega que nunca esteve com as crianças nos locais em que teriam ocorrido as agressões.
Porém, além de imagens fotográficas comprovando a sua presença, laudos médicos dos hospitais que atenderam as vítimas indicam lesões decorrentes de agressões. Como o fêmur quebrado do garoto.
Outra constatação indica os momentos das agressões. Jairinho mostrava dois lados: um lado violento e outro lado carinhoso. Na presença das Mães e em festas ele se mostrava amoroso. Na clandestinidade, dava chutes, torcia o braço, dava pisões”, disse o delegado.