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Vinte e cinco pessoas morrem e dois passageiros do Metrô são feridos em tiroteio

Jacarezinho registra recorde de vítimas em confrontos dos últimos cinco anos no Grande Rio

Por Portal Eu, Rio! em 06/05/2021 às 10:38:40

Foto tirada por morador indica dois corpos, aparentemente sem vida, em vielas do Jacarezinho, comunidade da Zona Norte do Rio

Dois passageiros do metrô foram feridos na manhã de hoje (6/5) dentro de um trem da Linha 2, na altura da estação Triagem, na zona norte. Segundo o MetrôRio, o acidente ocorreu “após o vidro de uma das composições aparentemente ser atingido por projétil vindo da área externa”. Os passageiros foram imediatamente atendidos pelas equipes da estação e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. Um deles foi atingido de raspão no braço e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar. O outro, ferido por estilhaços de vidro, foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho.

Em atualização, os jornais Extra e Globo, nas suas versões on line, publicaram que o número de mortos na operação chegaria a quinze, mas até meio-dia desta quinta-feira (6/5) não houve confirmação pela Polícia Civil, responsável pela incursão na favela. Mais para o meio da tarde, ainda antes da coletiva oficial, a maioria dos veículos de imprensa, como a Agência Brasil, passou a trabalhar com 25 mortos como saldo da operação. A plataforma de dados Fogo Cruzado chegou a apontar 27 baleados, incluídos os dois passageiros atingidos no metrô. Outras três pessoas teriam sido alvo de balas perdidas, e portanto muito provavelmente não teriam relação com atividades criminosas de qualquer natureza.


Duas emissoras de TV, a Globo e a Record, divulgaram a informação de que um policial civil, atingido na cabeça, e um integrante de um bando armado que resistiu à ação policial morreram, logo após darem entrada em hospitais. Consultada pelo portal, a assessoria da Polícia Civil não confirmou as mortes, até o fechamento desta notícia, às dez da manhã. Nas redes sociais, foi divulgada a informação de que o policial civil morto seria André Frias (foto abaixo).


De acordo com a Polícia Civil, a região do Jacarezinho é um dos quartéis-generais da facção Comando Vermelho na Zona Norte e abriga “quantidade relevante de armamentos” protegidos por barricadas e táticas de guerrilha adotadas pelo grupo criminoso.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre a Operação Excerptis, que teria resultado no maior número de mortos de um confronto policial em cinco anos, de acordo com a plataforma de dados Fogo Cruzado.

A empresa informa que a Linha 2 chegou a ter a operação interrompida, “devido a um intenso tiroteio na região”, mas já voltou a funcionar. Decisão semelhante foi tomada pela Supervia nas linhas de trem para Belford Roxo e Saracuruna (distrito de Caxias), que também passam no Jacarezinho. Foi a nona interrupção de circulação de trens por conta de confrontos armados, desde o começo deste ano. A comunidade do Jacarezinho, uma das maiores do Grande Rio, fica a menos de um quilômetro da Cidade da Polícia, sede operacional da Civil.


Operação

A Polícia Civil realizou nesta manhã a Operação Exceptis na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. A ação é coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A operação conta com quatro carros blindados ('caveirões'), dois helicópteros e duzentos policiais.


Segundo a corporação, a DPCA recebeu denúncias de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território. “Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, entre outros crimes praticados na região”.

O setor de inteligência da polícia identificou 21 integrantes do grupo, sendo possível “caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra provida de centenas de 'soldados' munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares”. Com base nessa identificação, foram pedidos mandados de prisão, concedidos pela Justiça do Rio. Com a operação em curso, a assessoria ainda não divulgou um balanço de quantos dos mandados puderam ser executados, nem dos termos da autorização judicial para a incursão, conforme exigência ainda em vigor do Supremo Tribunal Federal.




Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil

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