O novo coronavírus deixou o mercado de diferentes segmentos de ponta-cabeça. O ano passado foi um período de muitas incertezas para os pequenos, médios e grandes empreendedores. Não houve alternativa melhor a não ser se reinventar e a tecnologia acabou sendo uma forte aliada no segmento da beleza, por exemplo.
Para a empresária Mara Almeida, diretora do salão de beleza Madam Stylus, que trabalha com a colocação e venda de cabelos humanos e orgânicos, o site passou por algumas mudanças. Dentre elas, os combos de mão-de-obra e produtos para manter o movimento no salão durante as primeiras fases da quarentena. Outro diferencial foi a criação do aplicativo My Hair, onde a empresária cadastrou todo o estoque de cabelos, perucas, laces e acessórios e disponibilizou uma equipe de suporte técnico para atender a outros lojistas que queriam vender seus produtos do mesmo setor, com entregas garantidas para todo o Brasil.
“O setor de beleza é um dos mais fortes no e-commerce. Temos observado um aumento bastante expressivo de demandas no APP e no site e tem dado certo. É também uma oportunidade de negócio, uma porta aberta para os que querem empreender no segmento”, afirma Mara Almeida.
Mara Almeida focou no aplicativo e no site da empresa. Foto: Divulgação
Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), João Carlos Basílio, a paixão dos brasileiros pela beleza deixa o Brasil na posição do 4º maior mercado do mundo. A realização de compras online de produtos de beleza vem crescendo, em parte influenciadas pela grande quantidade de conteúdo sobre o assunto que está disponível na internet.
Um levantamento mostrou que os itens mais comprados foram os de Perfumaria, com 36,1% do faturamento nacional; seguidos por Produtos para cabelo, com 26,9%; Barbearia, que ficou com 18% do total; Maquiagem, com 8,1%; Produtos para a face, responsável por 3,7% do faturamento; e Outros produtos, com 7,1%.