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Governo alerta para a segurança no trânsito com a campanha mundial Maio Amarelo

Campanha Maio Amarelo usa a hashtag #VAINARESPONSA em todas as ações de educação no trânsito realizadas neste período

Por Portal Eu, Rio! em 15/05/2021 às 07:00:00

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã”. Foi com esse trecho da música da banda Legião Urbana que a aposentada Cibele Lapa da Silva Paranhos, de 63 anos, começou a descrever a história da sua filha, Mariana da Silva Paranhos, morta aos 22 anos em um acidente de trânsito em 2011. Mariana faz parte da cruel estatística das mortes violentas provocadas pelo trânsito. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a cada dia da última década no estado, sete pessoas morreram e 100 ficaram feridas no estado do Rio de Janeiro.

No mês em que o mundo inteiro chama atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito, o Governo do Estado, por meio do Detran.RJ, adota a campanha Maio Amarelo, usando a hashtag #VAINARESPONSA em todas as ações de educação no trânsito realizadas neste período. É uma forma de alertar a população para os cuidados que todo cidadão deve ter com o trânsito. Além do Detran, a Operação Lei Seca também está nas ruas para conscientizar as pessoas dos riscos da mistura do álcool com a direção.

Dona Cibele é uma apoiadora do Maio Amarelo. A perda da filha é uma força para ela lutar contra a violência no trânsito.

- A gente aprende a viver com a dor. Eu transformei a minha dor em amor. Hoje, sou mãe de anjo. Minha filha foi atropelada por um carro, na Avenida Presidente Vargas. A velocidade do veículo era tão grande que ela foi arremessada longe e morreu na hora. Com o tempo e apoio emocional, a aceitação veio – diz a aposentada.

O tempo ajuda a esquecer algumas dores. Mas o apoio emocional é fundamental, como confessa Dona Cibele. Para tentar amenizar a dor, o Detran também oferece, de forma gratuita e contínua, o serviço de apoio emocional e assistencial às pessoas que sofrem as consequências da violência no trânsito, sejam como vítimas ou como membros da família. O serviço do Núcleo de Apoio à Vítima de Trânsito (Navi) pode ser solicitado pelo telefone (21) 2332-0471 ou pelo e-mail [email protected].

Agente de Educação da Operação Lei Seca, Bruno Roberto Flórido Dutra, de 40 anos, também faz parte desses dados. Há 22 anos, ele se envolveu em um acidente que o deixou paraplégico. Com o intuito de alertar outros jovens, Bruno usa o seu exemplo, há 12 anos, para conscientizar outras pessoas sobre a perigosa mistura de álcool e direção.

- Eu tinha acabado de ganhar uma moto. Estava com 18 anos apenas! Depois de beber à noite inteira com os amigos, fui embora dirigindo e acabei batendo atrás de um caminhão. Fraturei a vértebra e fiquei paraplégico. No meu caso eu não fui vítima, eu fui o causador do acidente. Uso a minha história para conduzir o meu trabalho na Operação Lei Seca. Acredito que estou contribuindo para que menos pessoas sejam vítimas dos acidentes do trânsito – destaca Bruno.

Oitava edição do Maio Amarelo

A primeira edição do Maio Amarelo aconteceu em 2014, com base em uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que definiu o período entre 2011 e 2020 como a "Década de Ações para a Segurança no Trânsito". Maio foi escolhido por ter sido o mês em que a resolução da ONU foi publicada, em 11 de maio de 2011.

Os últimos dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes a 2018, mostram que os acidentes de trânsito matam cada vez mais pessoas em todo o planeta. São, em média, cerca de 1,35 milhão de óbitos por ano.


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