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Eduardo Paes descarta multa ao 'Mito' e às motos em evento

Prefeito do Rio, multado por cantar sem máscara, devolve ao povo juízo sobre aglomerações

Por Daniel Israel em 26/05/2021 às 14:16:01

Motociclistas apoiadores de Bolsonaro em Ipanema. Foto: Reprodução COR/Prefeitura do Rio

O evento ocorrido na manhã do último domingo (23), com concentração de motociclistas próximo ao Parque Olímpico, que contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, continua dando o que falar. Ontem (25), o prefeito Eduardo Paes desconversou sobre aplicação de multa ou qualquer sanção aos organizadores, principalmente a respeito da participação de Jair Bolsonaro na manifestação.

“O presidente é a principal autoridade do Brasil. Ele vai ser sempre bem-vindo no Rio de Janeiro. Nós não vamos ficar nesse joguinho de multa, né? O presidente tem essa responsabilidade, ele pode avaliar”, declarou Paes à imprensa, durante inauguração da Unidade de Reinserção Social Haroldo Costa, na Taquara, em Jacarepaguá.

Além de provocar aglomeração e engarrafamentos, o presidente e muitos dos presentes foram vistos sem máscara. Até placas de alguns veículos estavam tapadas, o que é proibido pela legislação de trânsito.

A Associação de Moradores do Rio2 (AMORio2), complexo de condomínios que fica em frente ao Parque Olímpico, ressaltou que o transtorno se deveu ao fechamento das principais vias públicas do entorno. A medida foi necessária para abrir caminho aos cerca de dez mil motoqueiros que se deslocaram na companhia do presidente e aliados dele, como o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo.

“A Av. Abelardo Bueno passa em frente ao Rio2 e sua interdição pede que os motoristas busquem rotas alternativas”, afirmou a administração do condomínio.

“No domingo pela manhã, não notamos qualquer retenção no fluxo de carros nas entradas do Rio2. Através do nosso e-mail não tivemos qualquer reclamação”, respondeu a AMORio2, que administra 24 condomínios residenciais, onde vivem cerca de 18 mil moradores. “No entanto, nas redes sociais tivemos moradores que se mostraram desfavoráveis ao acontecimento. As maiores reclamações foram em função da paralisação da via na manhã de domingo”.


Comunicado distribuído aos moradores do Condomínio Rio2, na Barra da Tijuca, dias antes do ato. Foto: Reprodução

Também nas redes, o Centro de Operações da Prefeitura não informou a extensão dos engarrafamentos provocados pelos apoiadores do presidente da República. O órgão se limitou a notificar no Twitter do órgão o que ocorria em alguns pontos por onde passou o cortejo.

https://twitter.com/OperacoesRio/status/1396453083799040006

https://twitter.com/OperacoesRio/status/1396466318879117319

https://twitter.com/OperacoesRio/status/1396471096333979649

O Portal Eu, Rio! procurou a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) para comentar sobre possíveis sanções aos envolvidos, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto, caso alguma autoridade retorne o contato da reportagem.



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