Quatro PMs do Comando de Policiamento Ambiental (CPAm) foram presos administrativamente suspeitos de extorquirem o dono de uma pedreira, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na última segunda-feira (17).
Segundo relatos, o proprietário estava na empresa quando chegaram duas viaturas do CPAm, com quatro policiais.
Um dos agentes disse que estava de posse de informações de uma denúncia anônima dando conta de que haveria explosivos na firma.
O dono da pedreira negou, alegando que o paiol estava desativado e esclareceu que costuma receber os explosivos e os utiliza no mesmo dia, não os mantendo em estoque.
O policial, então, falou para o proprietário que o levaria para a sede do batalhão, em Cachoeiras de Macacu e teria dito a ele: "Eu exijo R$ 10 mil. Tenho todos os seus dados e endereço. Se falar com alguém vai dar ruim".
O empresário concordou em pagar o valor exigido e foi até o local combinado com guarnição (na BR-040) para entregar o dinheiro.
A polícia foi acionada pelo proprietário da pedreira. Agentes da 7ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar) foram até a sede da 5ª UPAM, em Cachoeiras de Macacu, para realizar uma revista nos armários dos policiais envolvidos na ocorrência e em três veículos.
Em um dos carros, foram encontradas três folhas de caderno com o nome de vários estabelecimentos comerciais, com suas numéricas nas vias e com valores estipulados para cada um.
Quando foi indagado a um dos policiais a que se referia a lista, ele respondeu que seria de lojas do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde exerceria a atividade de segurança privada, quando de folga. A relação foi apreendida para apreciação do chefe da DPJM.
Todos os policiais envolvidos foram conduzidos para sede da 7ª DPJM para oitiva e posteriormente para o 22º BPM (Complexo da Maré) onde estão presos. O Comando de Polícia Ambiental (CPAm) determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar para apurar denúncia de extorsão envolvendo os PMs.